Senadores brasileiros visitam Carla Zambelli em prisão na Itália e denunciam “perseguição política”

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Uma comitiva de senadores brasileiros esteve nesta sexta-feira (19) no presídio feminino de Rebibbia, em Roma, para visitar a deputada federal licenciada Carla Zambelli (PL-SP), presa na Itália desde julho. A parlamentar foi condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por crimes relacionados à invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e inserção de documentos falsos.

O grupo de parlamentares — composto por Flávio Bolsonaro (PL-RJ), Magno Malta (PL-ES), Eduardo Girão (Novo-CE) e Damares Alves (Republicanos-DF) — passou cerca de duas horas com Zambelli em uma sala fechada, sem a presença de policiais, apenas sob monitoramento por câmeras de segurança.

Após o encontro, os senadores classificaram a prisão da deputada como um caso de “perseguição política”. Flávio Bolsonaro afirmou que Zambelli “não sofreu processo justo no Brasil” e que pretende solicitar ao ministro da Justiça italiano, Carlo Nordio, que ela aguarde o julgamento sobre sua extradição em prisão domiciliar ou em liberdade. “No Brasil ela vai ser ainda mais perseguida e vai ter os seus direitos humanos ainda mais violentados por aquele que reconhecidamente é um violador de direitos humanos internacional, um sancionado pela Lei Magnitsky, que é o caso do Alexandre de Moraes”, declarou o senador.

Damares Alves expressou preocupação com a segurança de Zambelli, que divide cela com outras três detentas. A senadora também reforçou o pedido para que a deputada possa cumprir prisão domiciliar enquanto aguarda decisão sobre sua extradição.

Além da visita, os parlamentares devem participar neste sábado (20) de um evento em Roma intitulado “Brasil – Democracia ou Ditadura?”, que contará com a presença do advogado de Zambelli, Fabio Pagnozzi, e do deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP).

Zambelli deixou o Brasil em junho, alegando cidadania italiana, após ser condenada a mais de cinco anos de prisão. A Justiça brasileira solicitou sua extradição, e o caso segue em análise pelas autoridades italianas.