
Em um evento realizado nesta terça-feira (25), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o mercado financeiro está "muito mais tenso" do que em períodos anteriores, refletindo um cenário externo desafiador, com incertezas sobre a política monetária nos Estados Unidos.
“O mercado hoje está muito mais tenso do que em outros tempos, as pessoas estão com o dedo no gatilho, esperando uma notícia para agir, para se proteger, para especular ou o que quer que seja. Tudo dentro da regra do jogo, ninguém está acusando ninguém, mas hoje a situação é mais tensa”, disse.
Segundo o ministro, a economia brasileira teve um deslocamento maior do que outras nações no fim de 2024, mas "as coisas estão se acomodando em um patamar mais próximo do que vivem os nossos pares".
Ele citou turbulências na economia norte-americana e tensões em países como Colômbia, México e Chile, além da possibilidade de tabelamento do petróleo no Oriente Médio, como fatores que contribuem para um ambiente global de maior instabilidade.
Apesar das incertezas, Haddad destacou que o Brasil tem recebido avaliações positivas de agências de classificação de risco, do Fundo Monetário Internacional (FMI) e de fundos de investimento.
No entanto, ele ponderou que os investidores estrangeiros têm menos influência no mercado brasileiro em comparação aos agentes locais.
“A situação externa não pode ser desconsiderada porque ela é muito ruim. É muito ruim você não saber o que o Fed vai fazer […]. Eles não têm a força que os [investidores] domésticos têm. Então, ficam aguardando um pouco antes de tomar investimento", concluiu.
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