
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou na última sexta-feira (24) um decreto que restabelece a Política da Cidade do México, também conhecida como "regra da mordaça global", que impede organizações internacionais que trabalham com aborto de receber fundos federais americanos.
A medida foi anunciada durante a 52ª edição da Marcha pela Vida, em Washington, onde Trump reafirmou seu compromisso com o movimento "pró-vida".
A Política da Cidade do México, criada em 1984 pelo então presidente Ronald Reagan, foi revogada por todos os presidentes democratas desde então e restabelecida por todos os republicanos que assumiram o cargo.
A regra proíbe que ONGs estrangeiras utilizem a ajuda americana para apoiar serviços ou a defesa do aborto, mesmo que usem outros recursos para essas atividades.
Além disso, Trump anunciou que os Estados Unidos voltarão a participar da Declaração do Consenso de Genebra, um pacto internacional que visa limitar o acesso ao aborto para milhões de mulheres e meninas em todo o mundo.
A declaração foi copatrocinada por países como Brasil, Uganda, Egito, Hungria e Indonésia em 2020, durante o primeiro mandato de Trump.
A decisão de Trump gerou críticas de defensores dos direitos reprodutivos, que argumentam que a regra atrapalha outras formas de acesso à saúde e impede que organizações não governamentais no exterior recebam fundos dos EUA, mesmo que usem seu próprio dinheiro na assistência ao aborto.
No entanto, Trump defende a política como uma forma de proteger a vida em todas as etapas e fortalecer a família como a unidade fundamental da sociedade.
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