Valdemar Costa Neto afirma que Michelle Bolsonaro é a única capaz de vencer Lula em 2026, além de Jair Bolsonaro

Vincent Boston/Estadão Conteúdo

Guarulhos (SP) — Durante evento do PL Mulher neste sábado (5), o presidente nacional do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, declarou que a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro é, segundo pesquisas internas da legenda, a única figura política capaz de derrotar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em um eventual segundo turno nas eleições de 2026 — com exceção do ex-presidente Jair Bolsonaro.

“Para nossa surpresa, ela, depois do Bolsonaro, é a única que bate o Lula no segundo turno. Em todas as pesquisas que nós fizemos. Todas, todas, todas”, afirmou Valdemar diante de uma plateia de apoiadores e lideranças do partido.

Apesar do elogio à ex-primeira-dama, Valdemar reiterou que o candidato oficial do PL à Presidência continua sendo Jair Bolsonaro. No entanto, como o ex-presidente está atualmente inelegível até 2030 por decisões da Justiça Eleitoral, Valdemar afirmou que caberá a ele, e não ao partido, a escolha de um eventual substituto.

“O nosso candidato a presidente vai ser Jair Bolsonaro, não tenho dúvida disso. Se acontecer uma injustiça no Brasil e o impedirem, quem escolhe o candidato não é o partido, é Bolsonaro, porque ele é quem tem os votos”, declarou.

Michelle Bolsonaro, que preside o PL Mulher, também discursou no evento e reforçou seu apoio ao marido. Ela afirmou que “não existe democracia sem a candidatura de Jair Bolsonaro em 2026” e criticou iniciativas da esquerda, especialmente no campo religioso.

O evento, realizado em Guarulhos (SP), teve como foco o fortalecimento de lideranças femininas e estratégias para as eleições de 2026. Jair Bolsonaro participou por vídeo, já que está em repouso médico após diagnóstico de esofagite intensa.

Pesquisas recentes divulgadas por institutos como Datafolha e Paraná Pesquisas indicam que Michelle Bolsonaro aparece tecnicamente empatada com Lula em simulações de segundo turno, o que reforça o discurso de Valdemar sobre seu potencial eleitoral.

A movimentação do PL em torno de Michelle ocorre em meio à incerteza sobre a elegibilidade de Jair Bolsonaro e à busca por um nome competitivo que mantenha a base bolsonarista mobilizada para o próximo pleito presidencial.