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Visita de Lula à Favela do Moinho levanta debate sobre articulação com ONG investigada por vínculos com o PCC


Valentina Moreira | Metrópoles
Valentina Moreira | Metrópoles

Em junho deste ano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a primeira-dama Janja realizaram uma visita oficial à Favela do Moinho, no centro de São Paulo, como parte de um programa habitacional voltado à realocação de cerca de 900 famílias que vivem na área. O terreno, pertencente à União, está previsto para ser transformado em um parque urbano.


A visita, no entanto, gerou polêmica após revelações de que a agenda presidencial foi articulada com a Associação da Comunidade do Moinho, uma ONG presidida por Alessandra Moja Cunha, irmã de Leonardo Monteiro Moja, conhecido como “Léo do Moinho”, apontado pelo Ministério Público de São Paulo como líder do tráfico local e integrante do Primeiro Comando da Capital (PCC). Leonardo foi preso em agosto de 2023 durante a operação Salus et Dignitas, que também apreendeu drogas na sede da associação.


Dois dias antes da visita presidencial, o ministro Márcio Macêdo (Secretaria-Geral da Presidência) esteve na sede da ONG para negociar a agenda. Segundo o governo, o encontro teve como única pauta a apresentação da solução habitacional para os moradores da favela. A Secretaria-Geral da Presidência afirmou que o diálogo com lideranças comunitárias é parte fundamental da atuação governamental voltada à inclusão social.


A associação está registrada no mesmo endereço onde, segundo o MP-SP, foram apreendidos cinco tijolos de cocaína, 608 porções de crack e três tijolos de maconha. Além disso, Alessandra Moja possui condenação por homicídio e outros membros da família também foram denunciados por envolvimento com o PCC.


A Secretaria de Comunicação da Presidência declarou que a segurança da comitiva foi conduzida de forma rigorosa e que não houve risco à integridade das autoridades. O contato com a comunidade foi feito por meio de lideranças locais consideradas idôneas, como Flavia Maria da Silva, porta-voz designada pelos moradores.


Durante a visita, Lula anunciou um acordo que prevê até R$ 250 mil por família para aquisição de imóveis, com subsídio conjunto dos governos federal e estadual. A cessão do terreno à gestão paulista será efetivada apenas após a realocação completa das famílias, como forma de garantir que o processo ocorra com dignidade.



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