Vistos revogados: conheça os dois servidores públicos brasileiros sancionados pelos EUA
- Luana Valente
- há 20 horas
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Atualizado: há 9 horas

O governo dos Estados Unidos anunciou na quarta-feira (13), a revogação dos vistos de entrada de dois servidores públicos brasileiros: Mozart Júlio Tabosa Sales e Alberto Kleiman. A medida, divulgada pelo secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, está relacionada à participação de ambos na implementação do programa Mais Médicos, entre 2013 e 2018, durante o governo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).
Mozart Júlio Tabosa Sales
• Cargo atual: Secretário de Atenção Especializada à Saúde do Ministério da Saúde
• Formação: Médico pela Universidade de Pernambuco, com residência em Clínica Médica, especialização em Medicina Legal e doutorado em Saúde Integral
• Trajetória profissional:• Servidor concursado do Hospital Universitário Oswaldo Cruz desde 1999
• Médico legista do Instituto Médico Legal de Pernambuco
• Vereador do Recife (2004–2008)
• Ocupou diversos cargos no Ministério da Saúde, incluindo secretário nacional de Gestão do Trabalho e Educação na Saúde (2012–2014), período em que o Mais Médicos foi implantado
• Atuou como pesquisador da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) desde 2016
Alberto Kleiman
• Cargo atual: Coordenador-geral da COP30, pela Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA)
• Formação: Graduado em Direito e mestre em Relações Internacionais pela Universidade de São Paulo (USP)
• Trajetória profissional:• Diretor de Relações Institucionais da Presidência da República (2024)
• Diretor de Relações Exteriores da Opas por mais de sete anos
• Responsável pelo Departamento de Relações Internacionais do Ministério da Saúde (2012–2015), colaborando diretamente com o programa Mais Médicos.
Segundo Marco Rubio, os dois servidores foram considerados “responsáveis ou cúmplices” de um esquema de exportação de mão de obra médica cubana, que teria explorado profissionais por meio de trabalho forçado. O governo norte-americano acusa o Brasil de ter usado a Opas como intermediária para implementar o programa, contornando sanções dos EUA contra Cuba.
Mozart Sales classificou a medida como “injusta” e defendeu o programa Mais Médicos como essencial para o Sistema Único de Saúde (SUS). O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, também saiu em defesa dos dois servidores, afirmando que o programa “salva vidas” e é aprovado pela população brasileira.
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