VÍDEO: Militantes invadem sede do Itaú BBA na Faria Lima e pede taxação de super-ricos
- Luana Valente
- 3 de jul.
- 2 min de leitura
Atualizado: 4 de jul.

Na manhã desta quinta-feira (3), cerca de 300 militantes da Frente Povo Sem Medo e Movimento dos Trabalhadores Sem Teto - MTST, ocuparam o edifício Faria Lima 3500, sede do banco de investimentos Itaú BBA, em São Paulo. A manifestação teve como principal pauta a taxação dos super-ricos e a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil mensais.
Com faixas e cartazes que estampavam frases como “O povo não vai pagar a conta” e “Taxação dos super-ricos já!”, os manifestantes denunciaram o que consideram um sistema tributário injusto, que penaliza os mais pobres enquanto isenta lucros e dividendos de grandes fortunas.
A escolha do local foi estratégica: o prédio foi adquirido pelo Itaú por cerca de R$ 1,5 bilhão em janeiro de 2024, tornando-se um símbolo da concentração de riqueza no setor financeiro. Segundo os organizadores, a ocupação foi mais do que um ato simbólico — foi uma denúncia direta à disparidade fiscal no país.
“Os donos do Itaú, que compraram esse prédio por R$ 1,5 bilhão, pagam menos imposto que a maioria esmagadora do nosso povo, que luta para pagar aluguel e comer”, afirmou o movimento em nota oficial.
A ação também teve como objetivo pressionar o Congresso Nacional, que discute atualmente a segunda etapa da reforma tributária. A Frente Povo Sem Medo defende a inclusão de milionários na base do Imposto de Renda e a redistribuição da carga tributária como forma de combater a desigualdade social.
Um novo protesto foi convocado para o dia 10 de julho, na Avenida Paulista, com o mote “Centrão inimigo do povo”. O ato deve reunir parlamentares, sindicatos e movimentos sociais em defesa de uma reforma tributária mais progressiva.
Contexto político
A manifestação ocorre em meio a tensões entre o governo federal e o Congresso, especialmente após a derrubada de um decreto que aumentava o IOF. A proposta de taxação de grandes fortunas, apresentada pelo Ministério da Fazenda durante a cúpula do G20 em 2024, segue como uma das bandeiras do governo Lula para reequilibrar as contas públicas.
O Itaú, procurado pela imprensa, informou por meio de nota que não irá se manifestar sobre o ocorrido.
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