ALERTA: Deputados Nikolas Ferreira e Bruno Engler se tornam réus por suposta fake news e podem ficar inelegíveis
- Luana Valente
- há 1 dia
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O Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG) aceitou, na última sexta-feira (25), denúncia do Ministério Público Eleitoral contra os deputados Nikolas Ferreira (PL-MG) e Bruno Engler (PL-MG), além das parlamentares Delegada Sheila (PL) e Coronel Cláudia (PL). O grupo é acusado de divulgar fake news contra o então prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD), durante o segundo turno das eleições municipais de 2024.
Segundo o Ministério Público, os réus teriam distorcido trechos do livro Cobiça, escrito por Fuad Noman, para sugerir falsamente que o autor endossava crimes contra crianças. Também foram atribuídas ao ex-prefeito acusações de permitir acesso de menores a conteúdo sexual em um festival de quadrinhos promovido pela prefeitura. De acordo com a Justiça Eleitoral, já havia uma determinação da remoção dessas publicações e concedido direito de resposta à coligação de Fuad.
O MP aponta que Nikolas teve papel central na disseminação das informações falsas, utilizando seu grande alcance nas redes sociais para impulsionar os conteúdos considerados ofensivos. Ele também teria desobedecido uma ordem judicial que exigia a retirada das postagens, voltando a publicar vídeos com o mesmo teor.
Com a aceitação da denúncia, os envolvidos se tornam réus e podem ser declarados inelegíveis caso sejam condenados por órgão colegiado. A pena pode incluir a suspensão dos direitos políticos até 2033, impedindo-os de disputar eleições durante esse período. O MP também solicitou indenização por danos morais coletivos, a ser destinada a instituições de caridade.
Até o momento, Nikolas Ferreira e Delegada Sheila não se manifestaram publicamente. Bruno Engler e Coronel Cláudia afirmaram que só irão se pronunciar nos autos do processo. Em seu canal no Telegram, Nikolas se posicionou sobre o avanço da ação, dizendo: “Querem calar milhões, mas estamos aqui”.
Os réus têm dez dias para apresentar defesa prévia. A fase seguinte será de instrução, com coleta de provas e depoimentos. Caso haja condenação antes das eleições de 2026, os parlamentares poderão ser enquadrados na Lei da Ficha Limpa, ficando impedidos de concorrer a cargos públicos.
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