A arrecadação recorde do governo Lula em 2024 não foi suficiente para superar os gastos públicos, segundo dados do Tesouro Nacional. Apesar de a receita líquida ter alcançado R$ 2,21 trilhões, o maior valor em termos reais desde 1997, as despesas federais totalizaram R$ 2,25 trilhões. O déficit primário do governo federal foi de R$ 43,0 bilhões em 2024, representando 0,36% do PIB.
O mercado de trabalho com ocupação recorde e a taxa de desemprego na mínima histórica contribuíram para os ganhos tributários da União. No entanto, a diminuição dos gastos públicos em 2024 em relação a 2023 foi puxada pelos precatórios, que são dívidas decorrentes de decisões judiciais.
O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, afirmou que o comparativo com 2023 ficou "poluído" com a antecipação do pagamento de precatórios. Ao desconsiderar esse efeito, as despesas totais teriam um crescimento de 3,5% a 3,7% em relação ao ano anterior.
Em resumo, embora a arrecadação federal tenha atingido um valor recorde, os gastos públicos ainda superam as receitas, resultando em um déficit primário significativo.
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