Avião misterioso do governo dos EUA pousa no Brasil sem identificação e levanta especulações
- Luana Valente

- 20 de ago.
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Um avião militar norte-americano, modelo Boeing C-32B, conhecido por sua atuação em missões especiais e frequentemente associado à CIA, pousou em território brasileiro sem qualquer identificação externa, gerando curiosidade e especulações sobre sua finalidade. A aeronave aterrissou no Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre, às 17h13 desta terça-feira (19), e seguiu posteriormente para o Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo.
O jato, de matrícula 00-9001, partiu de uma base aérea em Wrightstown, Nova Jersey, nos Estados Unidos, com escalas em Tampa (Flórida) e San Juan (Porto Rico), antes de chegar ao Brasil. A operação foi autorizada pelo Ministério da Defesa brasileiro, segundo informações da GRU Airport, e ocorreu sem intercorrências.
O C-32B é uma versão modificada do Boeing 757-200, operado pelo 150º Esquadrão de Operações Especiais da Força Aérea dos EUA. Diferente do C-32A, utilizado por autoridades da Casa Branca, o modelo B é projetado para missões sigilosas e transporte de equipes de ação rápida, incluindo diplomatas, militares de elite e agentes de inteligência.
Apelidado de “Gatekeeper” (“Porteiro”), o avião já foi mobilizado em crises internacionais, como a explosão no porto de Beirute em 2020, e em eventos de grande visibilidade, como os Jogos Olímpicos. É equipado com sistemas avançados de comunicação, sensores e capacidade de reabastecimento em voo, o que lhe confere autonomia para operações em qualquer parte do mundo.
Até o momento, nem autoridades brasileiras nem norte-americanas divulgaram oficialmente o motivo da missão. A ausência de identificação na fuselagem e o histórico de uso da aeronave em operações confidenciais alimentam especulações sobre o propósito da visita ao Brasil.
A presença do avião reacende debates sobre a transparência em operações internacionais e o papel do Brasil como destino estratégico em missões diplomáticas ou de inteligência. A Força Aérea Brasileira (FAB) e o Ministério da Defesa foram procurados para esclarecimentos, mas não se manifestaram até o fechamento desta reportagem.






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