O líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL), afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) será julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) "como numa câmara de gás". Marinho fez essa declaração em entrevista ao jornal O Globo, criticando o processo judicial contra Bolsonaro, que enfrenta acusações de tentativa de golpe de Estado.
Segundo Marinho, Bolsonaro não deveria estar sendo julgado no STF, pois não lhe foi concedida a prerrogativa de ter duas instâncias recursais. Ele também destacou que o julgamento será conduzido por um juiz que é adversário declarado de Bolsonaro, referindo-se ao ministro Alexandre de Moraes.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou Bolsonaro e mais 33 pessoas por suposta tentativa de golpe de Estado em 2022, visando impedir a posse de Lula. As penas para os crimes pelos quais Bolsonaro responderá podem chegar a 43 anos de prisão.
O julgamento será realizado pela Primeira Turma do STF, composta pelos ministros Alexandre de Moraes, Luiz Fux, Cármen Lúcia, Flávio Dino e Cristiano Zanin. A expectativa é de que a denúncia seja aceita por unanimidade.
Marinho e outros aliados de Bolsonaro alegam que o processo é uma perseguição política e um atentado contra a democracia. Eles esperam demonstrar que os eventos de 8 de janeiro, que resultaram na invasão e depredação das sedes dos Três Poderes em Brasília, não foram uma tentativa de golpe, mas sim uma "baderna".
A defesa de Bolsonaro argumenta que não há evidências concretas que sustentem as acusações e que o processo é baseado em uma única delação premiada. O ex-presidente busca reverter a situação, tentando anistia e mudanças na Lei da Ficha Limpa.
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