
Em uma coletiva de imprensa realizada nesta quarta-feira (19), parlamentares da oposição ao governo Lula criticaram duramente a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outras 33 pessoas. A denúncia, que acusa Bolsonaro de tentativa de golpe de Estado, foi classificada pelos oposicionistas como uma "peça de ficção" e um exemplo de perseguição política.
O líder da oposição na Câmara, deputado Luciano Zucco (PL-RS), afirmou que as acusações são desprovidas de evidências concretas e baseadas em delações frágeis. "Trata-se de uma série de acusações desprovidas de evidências concretas que sustentem as graves acusações imputadas. Uma verdadeira peça de ficção, uma denúncia encomendada para gerar um resultado que todos já conhecem", declarou Zucco.
A deputada Caroline de Toni (PL-SC), aliada de Bolsonaro, reforçou as críticas, afirmando que a denúncia é uma narrativa construída para intimidar a direita no Brasil. "Essa denúncia está baseada em uma única evidência, que é a delação de Mauro Cid, que teve idas e vindas, altos e baixos e mudanças na narrativa. É uma prova frágil. Na verdade, é mais uma estratégia orquestrada pelo sistema para destruir Bolsonaro politicamente", disse De Toni.
O senador Rogério Marinho (PL-RN) também se manifestou, classificando a denúncia como uma "trama mirabolante" e questionando a imparcialidade do Supremo Tribunal Federal (STF). "Como é que nós podemos acreditar na isenção deste processo?", questionou Marinho.
Os parlamentares de oposição apelaram para organizações internacionais de defesa de direitos humanos e a imprensa independente para pressionarem o Judiciário brasileiro. "Apelamos a organizações internacionais de defesa de direitos humanos, à imprensa independente e a todas as nações que voltem seus olhos ao nosso País e pressionem as autoridades responsáveis", afirmou Zucco.
A denúncia da PGR acusa Bolsonaro de cinco crimes, incluindo dano qualificado com uso de violência, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado. As penas somadas podem chegar a mais de 43 anos de prisão.
A oposição promete continuar a luta contra o que chamam de perseguição política e a favor da liberdade de expressão e crítica ao sistema eleitoral brasileiro.
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