Carlos Bolsonaro opina sobre morte de opositor de Maduro em prisão venezuelana

Vereador carioca comenta caso de Alfredo Díaz e fala em “apenas coincidências” nas “democracias irmãs”

Renan Olaz/Câmara Municipal do Rio

O vereador do Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro (PL-RJ), voltou a usar as redes sociais para se posicionar sobre acontecimentos internacionais. Neste sábado (6), ele comentou de forma irônica a morte do ex-governador venezuelano Alfredo Díaz, opositor do presidente Nicolás Maduro, que estava preso há mais de um ano em condições de isolamento.

Em uma postagem na plataforma X, Carlos repercutiu a notícia publicada pelo portal e escreveu: “São apenas coincidências nas democracias irmãs que o tal mercado ignora!”. A frase, carregada de sarcasmo, sugere uma crítica direta ao silêncio de setores internacionais diante de episódios de repressão política na Venezuela.

Alfredo Díaz, ligado ao partido opositor Acción Democrática, foi detido em novembro de 2024, em meio à crise política que se seguiu às eleições presidenciais de julho daquele ano. Desde então, Díaz permaneceu encarcerado em condições denunciadas por organizações de direitos humanos, como o Foro Penal, que apontou isolamento e falta de garantias legais.

A morte do ex-governador reacendeu críticas contra o regime chavista, acusado de perseguir adversários políticos e restringir liberdades civis. Líderes opositores e entidades internacionais destacaram que o caso de Díaz não é isolado, mas parte de um padrão de repressão que se intensificou após as eleições contestadas.

O comentário de Carlos Bolsonaro, embora breve, insere-se em sua linha habitual de críticas a regimes autoritários e àquilo que ele considera omissão de organismos internacionais e do mercado diante de violações de direitos humanos.

A repercussão da morte de Alfredo Díaz e da reação de Carlos Bolsonaro evidencia como a realidade da política ditatorial venezuelana continua a reverberar no Brasil.