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Carlos Viana faz apelo a Mendonça e acompanha sessão marcada pelo silêncio de ex-procurador-geral sobre “Careca do INSS”


Carlos Moura/Agência Senado
Carlos Moura/Agência Senado

Em sessão marcada por tensão e cobranças, o senador Carlos Viana (Podemos–MG), presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS, fez um apelo direto ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), André Mendonça, para que decrete as prisões já aprovadas pela comissão. A declaração ocorreu durante os trabalhos da CPMI que investiga fraudes bilionárias em descontos indevidos de benefícios previdenciários de aposentados e pensionistas.


Viana criticou decisões judiciais que, segundo ele, têm limitado o alcance das investigações e blindado envolvidos. “É preciso que o STF cumpra o que foi aprovado por esta comissão. As prisões já foram autorizadas e não podem ser ignoradas”, afirmou o senador em referência a pedidos de prisão preventiva que aguardam deliberação judicial.


A CPMI foi instaurada após a operação “Sem Desconto”, conduzida pela Polícia Federal e pela Controladoria-Geral da União, que revelou um esquema de desvio de cerca de R$ 6,3 bilhões, afetando mais de 4 milhões de beneficiários. Desde então, a comissão já resultou em bloqueios de bens e prisões, como a de Antônio Carlos Camilo Antunes — conhecido como “Careca do INSS” — e do empresário Maurício Camisotti, ambos detidos em setembro por ordem de Mendonça TV Senado.


Na noite desta quinta-feira (23), a CPMI ouviu o ex-procurador-geral do INSS, cuja identidade não foi divulgada nos canais oficiais até o momento. O depoente, no entanto, deu poucos detalhes sobre sua reunião com o “Careca do INSS”, frustrando expectativas dos parlamentares que esperavam esclarecimentos sobre o envolvimento de servidores públicos no esquema. A sessão foi marcada por evasivas e respostas genéricas, o que gerou críticas de membros da comissão.


A atuação do STF tem sido alvo de recorrentes críticas por parte de parlamentares da oposição, especialmente após decisões que concederam habeas corpus a convocados da CPMI, permitindo que alguns não comparecessem às oitivas. Viana classificou essas decisões como “estranhas” e “suspeitas”, sugerindo que há tentativas de proteger aliados políticos.


A CPMI segue com os trabalhos e novas oitivas estão previstas para os próximos dias. Carlos Viana reafirmou o compromisso da comissão em responsabilizar os envolvidos e pressionar o Judiciário para que as medidas aprovadas sejam efetivamente cumpridas.



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