Casa Branca concede residência permanente a Eduardo Bolsonaro
- Luana Valente
- 20 de jul.
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Em um movimento que intensifica as tensões diplomáticas entre Brasil e Estados Unidos, o presidente norte-americano Donald Trump autorizou a concessão de residência permanente (green card) ao deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e seus familiares. A decisão foi confirmada por fontes da Casa Branca e divulgada por veículos como Fox News e GR21, sendo interpretada como um gesto político de apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro, pai de Eduardo.
A medida ocorre dias após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinar o uso de tornozeleira eletrônica por Jair Bolsonaro, além de proibições de contato com diplomatas e uso de redes sociais. Em resposta, o governo Trump revogou os vistos de entrada de Moraes e outros ministros do STF, incluindo seus familiares, sob alegação de “perseguição política sistemática” que violaria direitos fundamentais e afetaria interesses americanos.
Segundo o secretário de Estado Marco Rubio, a decisão de conceder o green card a Eduardo Bolsonaro foi tomada com base na Seção 212(a)(3)(C) da Lei de Imigração e Nacionalidade dos EUA, que permite barrar ou autorizar entrada de indivíduos conforme critérios de política externa. Com o visto permanente, Eduardo e sua família passam a ter direito de viver e trabalhar nos Estados Unidos por tempo indeterminado, com acesso a benefícios sociais e possibilidade futura de naturalização.
A reação no Brasil foi imediata. O governo Lula classificou a medida como uma “afronta à soberania nacional” e estuda possíveis retaliações, como restrições a vistos de autoridades americanas ou sanções a empresas dos EUA no país. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, também criticou a decisão, afirmando que ela “desrespeita a independência do Judiciário brasileiro”.
A aliança entre Trump e o bolsonarismo tem se intensificado nos últimos meses. Em carta pública divulgada em 17 de julho, Trump declarou apoio irrestrito a Bolsonaro e criticou o que chamou de “regime de censura ridículo” imposto pelo STF. A concessão do green card a Eduardo Bolsonaro aprofunda essa conexão e marca um novo capítulo na crise institucional entre os dois países.
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