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Castro acusa governo Lula de negar apoio militar em megaoperação contra o tráfico no Rio



Reprodução/Agência Brasil
Reprodução/Agência Brasil

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, afirmou que o governo Lula negou três pedidos de apoio das Forças Armadas para ações contra o tráfico de drogas, levando o estado a realizar uma megaoperação com recursos próprios.


Em entrevista coletiva realizada nesta terça-feira (28), o governador Cláudio Castro (PL-RJ) declarou que o governo federal recusou ao menos três solicitações de apoio militar para operações de combate ao tráfico de drogas no Rio de Janeiro. Segundo Castro, os pedidos incluíam o empréstimo de blindados e outros equipamentos das Forças Armadas, mas foram negados sob a justificativa de que seria necessário um decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) para viabilizar esse tipo de colaboração.


A negativa do Planalto levou o governo estadual a deflagrar uma megaoperação com recursos próprios, sem o suporte das Forças Armadas. A ação, considerada uma das maiores já realizadas no estado, teve como alvo cerca de 100 lideranças do Comando Vermelho (CV) nos complexos da Penha e do Alemão, na Zona Norte da capital fluminense. Até o momento, mais de 80 pessoas foram presas e ao menos 64 mortes foram registradas, incluindo quatro policiais.


Castro lamentou a ausência de apoio federal e afirmou que o Rio de Janeiro “está sozinho nessa guerra”. Ele também criticou a postura do governo Lula (PT), alegando que “cada dia há uma nova razão para não colaborar”. O governador mencionou que, mesmo sem solicitar formalmente a GLO, os pedidos foram rejeitados por envolverem servidores federais e exigirem esse tipo de decreto presidencial.


Em resposta, o Ministério da Justiça, liderado por Ricardo Lewandowski, contestou as declarações de Castro. Em nota oficial, o ministério afirmou que tem atendido às demandas do estado dentro dos limites legais e institucionais, e que não houve solicitação formal para a decretação da GLO, o que seria necessário para o envolvimento direto das Forças Armadas em ações de segurança pública.


A operação também reacendeu o debate sobre a ADPF 635, conhecida como “ADPF das Favelas”, decisão do Supremo Tribunal Federal que restringe operações policiais em comunidades, permitindo-as apenas em casos excepcionais. Castro voltou a criticar a medida, alegando que ela dificulta o enfrentamento ao crime organizado.


O episódio evidencia a tensão entre os governos estadual e federal em relação à segurança pública no Rio de Janeiro, especialmente no enfrentamento ao tráfico de drogas em áreas dominadas por facções criminosas.



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