Cláudio Castro classifica megaoperação como sucesso e rejeita politização: “ação, não politicagem”
- Luana Valente

- 30 de out.
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Em coletiva realizada nesta quarta-feira (29), o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), afirmou que a megaoperação policial nos Complexos do Alemão e da Penha foi um “sucesso” e defendeu que o foco do governo estadual é garantir segurança à população, não alimentar disputas partidárias.
A ação, realizada na terça-feira (28), mobilizou um grande contingente das forças de segurança e resultou em mais de 120 mortos, tornando-se a operação mais letal já registrada no estado. Apesar do número elevado de vítimas, Castro minimizou o impacto, afirmando que “tirando a vida dos policiais, o resto da operação foi um sucesso”.
O governador destacou que a operação representou um “duro golpe na criminalidade” e que decisões judiciais anteriores contribuíram para o fortalecimento de organizações criminosas. “Vejo como o início de um novo momento em que poderemos livrar os fluminenses, mas também os brasileiros, da criminalidade”, declarou.
Durante o pronunciamento, Castro foi enfático ao dizer que não responderá a críticas com viés partidário. “Não vou transformar esse momento em batalha política. O que estamos fazendo é ação, não politicagem”, afirmou, em resposta a questionamentos sobre a postura do governo federal diante da operação.
O governador também cobrou maior integração entre os entes federativos no combate ao crime organizado. “Temos condições de vencer batalhas, mas não temos como vencer essa guerra sozinhos. É uma guerra contra o estado paralelo, que se fortalece a cada dia”, disse.
A coletiva contou com a presença de governadores de direita, como Tarcísio de Freitas (SP), Romeu Zema (MG), Ronaldo Caiado (GO), Jorginho Mello (SC) e Mauro Mendes (MT), que manifestaram apoio à postura de Castro e à condução da operação.
A megaoperação reacendeu o debate sobre o uso da força policial em comunidades e os limites da atuação do Estado em áreas dominadas por facções criminosas. Enquanto o governo estadual celebra os resultados, organizações da sociedade civil e especialistas em segurança pública pedem mais transparência e responsabilização diante do número de mortos.






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