CPMI solicitou e André Mendonça mandou PF prender ‘Careca do INSS’ e seu sócio
- Luana Valente

- 12 de set.
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Por determinação do ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), a Polícia Federal prendeu nesta sexta-feira (12), Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, e o empresário Maurício Camisotti. A ação atende a um pedido da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga fraudes em descontos indevidos aplicados sobre aposentadorias e pensões do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Segundo as investigações, o esquema operava por meio de entidades e sindicatos que cadastravam beneficiários sem autorização, utilizando assinaturas falsas para aplicar descontos associativos nos benefícios previdenciários. Entre 2019 e 2024, estima-se que cerca de R$ 6,3 bilhões foram desviados das contas de milhões de aposentados.
Antunes, apontado como operador central do esquema, teria movimentado R$ 9,3 milhões para pessoas ligadas à rede de corrupção. Já Camisotti, preso em São Paulo, é acusado de ser sócio oculto de uma entidade envolvida nas fraudes e de ter utilizado sua corretora de seguros, a Benfix, para transferir R$ 1 milhão à empresa de consultoria do lobista Antunes.
Além das prisões preventivas, foram cumpridos 13 mandados de busca e apreensão em São Paulo e no Distrito Federal. Os alvos incluem o escritório do advogado Nelson Wilians, que declarou estar colaborando com as autoridades e confiante na comprovação de sua inocência.
A CPMI havia solicitado ao STF a prisão de 21 pessoas envolvidas no esquema. A operação desta sexta-feira foi considerada uma vitória pelo presidente da comissão, senador Carlos Viana (Podemos-MG), que também pediu ao ministro Mendonça autorização para que os presos prestem depoimento à comissão na próxima semana.
A investigação segue em curso e pode atingir outros nomes ligados ao esquema, incluindo servidores públicos, políticos e lobistas.






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