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Crise na Saúde Pública de Belém: CRM-PA expõe precariedade no PSM da 14 e caso de varíola dos macacos preocupa população


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Belém enfrenta uma grave crise na saúde pública, evidenciada por uma recente vistoria do Conselho Regional de Medicina do Pará (CRM-PA) no Hospital Pronto-Socorro Municipal Mário Pinotti (PSM da 14). A fiscalização revelou um cenário alarmante de insalubridade, infraestrutura precária e uma média de 80 mortes por mês, número considerado acima do aceitável.


A vistoria, realizada na última segunda-feira (14), constatou leitos enferrujados, goteiras, infiltrações e móveis danificados, além da falta de insumos básicos para atendimento. Profissionais da saúde relataram atrasos salariais e jornadas exaustivas, agravando ainda mais a situação.


O CRM classificou o estado do hospital como “grave” e alertou que a omissão dos órgãos responsáveis coloca pacientes e trabalhadores em risco constante.


A a Secretaria Municipal de Saúde de Belém (Sesma), afirmou que encontrou todas as unidades de saúde da capital em estado crítico ao assumir a gestão e que o hospital da 14 de Março não foi exceção. A pasta informou que reativou contratos e negociou dívidas herdadas da administração anterior para retomar o abastecimento de insumos. Ainda segundo a Sesma, não há atraso nos pagamentos dos profissionais de saúde, que estariam sendo feitos conforme o calendário regular.


O CRM-PA informou que os dados e imagens coletados durante a última vistoria resultarão em um novo relatório, que será encaminhado às autoridades competentes para providências. Enquanto isso, pacientes e familiares seguem enfrentando dificuldades para obter atendimento adequado, em meio a um cenário de descaso e precariedade.


Outro fator que gerou preocupação foi o caso do cantor de forró Gutto Xinatada, que morreu aos 39 anos decorrente de ter sido infectado pela varíola dos macacos (Mpox). Segundo denúncias, ele teria permanecido exposto em uma área comum do hospital por falta de espaço adequado para isolamento, aumentando o temor da população sobre a capacidade da unidade de lidar com doenças infecciosas.


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Em publicações realizadas nas redes sociais, a irmã do cantor afirmou que ele teria sido infectado pelo vírus na virada do ano, e a condição teria se agravado nos últimos 30 dias antes de sua morte.


Segundo a Sesma, em 22 de abril, Gutto foi admitido no Pronto-Socorro Municipal com agravamento do estado de saúde, "relacionado à evolução de comorbidades pré-existentes e infecções oportunistas". Ele foi então encaminhado ao CTI, mas não resistiu. "Apesar da assistência prestada, o paciente morreu 8 horas após dar entrada no HPSM", afirma a Secretaria de Saúde.


"A Sesma informa, ainda, que acompanhou todas as pessoas indicadas pelo paciente como tendo tido contato com ele. Esses contatos foram monitorados durante o período estabelecido pelos protocolos de saúde e, ao final do prazo, foram liberados, uma vez que não apresentaram sintomas", finaliza a Secretaria.



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