Durante o julgamento, a defesa pede ao STF que pare de "crucificar" Filipe Martins
- Luana Valente
- 22 de abr.
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Nesta terça-feira, 22, o advogado Sebastião Coelho, desembargador aposentado, fez uma defesa fervorosa de Filipe Martins, ex-assessor de Jair Bolsonaro, perante a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF). Martins enfrenta acusações da Procuradoria Geral da República (PGR) por suposta participação de tentativa de golpe de Estado em 2022. Durante sua sustentação oral, Coelho fez comparações religiosas, afirmando que Martins estaria passando por um "processo de crucificação" semelhante ao de Jesus Cristo.
“Filipe Martins aguarda que esse tribunal, hoje, dê ouvidos à sua defesa e que aquele processo de crucificação que Jesus sofreu e Filipe Martins está sofrendo desde 8 de fevereiro de 2024 tem que acabar hoje. Vossas excelências têm o poder para acabar com isso”, afirmou Coelho.
Coelho argumentou ainda que “não há justa causa para o recebimento dessa denúncia. É comprovado que Filipe Martins, no dia 7 de 1, estava em Ponta Grossa, embora a Polícia Federal tenha dito que ele estava nos Estados Unidos”. Além disso, pediu que as medidas cautelares impostas ao ex-assessor fossem extintas, caso a denúncia fosse aceita.
A denúncia contra Martins faz parte do chamado "núcleo 2" da investigação sobre a tentativa de golpe, que inclui outros cinco acusados. Segundo a PGR, Martins teria elaborado uma minuta de decreto que previa medidas para reverter o resultado das eleições de 2022 e manter Bolsonaro no poder. A minuta teria sido apresentada ao ex-presidente em reuniões no Palácio da Alvorada.
O julgamento da Primeira Turma do STF decidirá se aceita ou rejeita a denúncia, o que pode levar Martins e os demais acusados a responderem a uma ação penal. Caso a denúncia seja aceita, o processo avançará para a fase de coleta de testemunhos e investigações adicionais.
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