Deputado Carlos Jordy denuncia tentativa de blindagem ao governo Lula e ao irmão do presidente na CPMI do INSS
- Luana Valente

- 3 de out.
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Durante sessão da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS realizada nesta quarta-feira (2), o deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ) acusou parlamentares governistas de tentarem blindar o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seu irmão, José Ferreira da Silva, conhecido como Frei Chico, das investigações sobre supostas fraudes envolvendo descontos indevidos em benefícios previdenciários.
Jordy citou dados de relatórios de inteligência financeira que apontam movimentações de R$ 1,2 bilhão em seis anos pelo Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos (Sindnapi), entidade da qual Frei Chico é dirigente. Segundo o parlamentar, o sindicato também teria efetuado pagamentos de R$ 8,2 bilhões a parentes de dirigentes, o que levanta suspeitas sobre o uso indevido de recursos públicos
Além disso, Jordy mencionou denúncias envolvendo o empresário Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, que teria transferido R$ 5 milhões a uma publicitária ligada a campanhas eleitorais do PT, incluindo a de Dilma Rousseff em 2010. O deputado defendeu a convocação de figuras-chave para depor na CPMI, como Edson Claro, ex-sócio de Antunes, que teria manifestado interesse em colaborar com as investigações, mas estaria sendo alvo de ameaças.
A base governista, por sua vez, tem resistido à convocação de Frei Chico, alegando que ele não é formalmente investigado e que sua atuação no sindicato não implica envolvimento direto nas irregularidades. Parlamentares como Alencar Santana (PT-SP) e Rogério Correia (PT-MG) classificaram as tentativas de vincular o irmão de Lula às fraudes como “marketing político” da oposição.
A CPMI do INSS foi instaurada para apurar denúncias de fraudes bilionárias em descontos aplicados a aposentadorias e pensões. A oposição pressiona por uma investigação ampla, enquanto o governo busca limitar o escopo das apurações, evitando implicações diretas a aliados e familiares do presidente.






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