Derramamento de ácido sulfúrico interrompe buscas por desaparecidos após desabamento de ponte entre Maranhão e Tocantins

De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), subiu para 12 o número de desaparecidos. Duas pessoas morreram e oito veículos despencaram da ponte.

Foto: Francisco

Na tarde de domingo, 22, a ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que liga os estados do Maranhão e Tocantins, desabou, resultando em uma tragédia que deixou duas pessoas mortas e doze desaparecidas. O acidente ocorreu na BR-226, entre as cidades de Estreito (MA) e Aguiarnópolis (TO), quando o vão central da ponte cedeu, fazendo com que oito veículos, incluindo caminhões e motocicletas, caíssem no rio Tocantins.

As buscas pelos desaparecidos foram imediatamente iniciadas, mas tiveram que ser interrompidas devido ao derramamento de ácido sulfúrico de um dos caminhões que caiu no rio. A Defesa Civil e os bombeiros locais suspenderam as operações para avaliar a contaminação da água e garantir a segurança das equipes de resgate.

Subiu para 12 o número de desaparecidos em virtude do desabamento da ponte. A informação foi confirmada pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), na madrugada desta segunda (23). Duas pessoas morreram e oito veículos despencaram da ponte.

Na manhã desta segunda-feira, 23, amostras de água foram coletadas para análises químicas, com o objetivo de verificar se os materiais tóxicos ainda estão presentes no rio ou se já se dissiparam. Segundo o coronel Magnum Coelho, a qualidade da água precisa ser confirmada antes que as equipes de mergulhadores possam retomar as buscas.

A ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, construída na década de 1960, é uma importante ligação rodoviária entre os estados do Maranhão e Tocantins, integrando o corredor Belém-Brasília¹. As más condições da estrutura já vinham sendo denunciadas por moradores e motoristas que utilizavam a via regularmente.

As autoridades continuam investigando as causas do desabamento e trabalhando para retomar as buscas pelos desaparecidos o mais rápido possível. A tragédia trouxe à tona a necessidade urgente de manutenção e inspeção das infraestruturas rodoviárias no país, para evitar que acidentes como este se repitam.