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Editorial: A urgência da ponte entre Xambioá e São Geraldo do Araguaia — uma cobrança que ecoa além da política

DNIT
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A ponte sobre o Rio Araguaia, que promete finalmente unir os municípios de Xambioá (TO) e São Geraldo do Araguaia (PA), tornou-se símbolo de uma espera que já dura anos — e de uma cobrança que ultrapassa os limites da paciência popular. Em dezembro de 2024, o ministro dos Transportes, Renan Filho, garantiu em reunião oficial em Brasília que a obra seria entregue até 14 de agosto deste ano. Estavam presentes o prefeito Jefferson Oliveira, o deputado Delegado Caveira e outros representantes políticos. Na ocasião, Caveira não hesitou em exigir celeridade, alertando para os impactos sociais e econômicos do atraso.


Hoje, com o mês de agosto já findando, a ponte permanece inacabada. Segundo o DNIT, a estrutura está 95% concluída, mas ainda depende da finalização das cabeceiras e de desapropriações que só começaram a ser resolvidas em 2023. O que era para ser uma solução estratégica para o escoamento agrícola da região do Matopiba e para a integração logística da BR-153, tornou-se mais um exemplo de promessas não cumpridas e de burocracia que emperra o progresso.


Impacto direto na vida dos cidadãos


Enquanto a ponte não é entregue, os condutores continuam dependendo de balsas para atravessar o rio — um meio de transporte mais caro, mais demorado e, como evidenciado por um recente acidente envolvendo uma embarcação e um pilar da ponte, mais perigoso. A população local, que há anos aguarda por essa conexão, vê seus direitos de mobilidade e desenvolvimento serem postergados por entraves administrativos e falta de prioridade política.


Atenção ao entorno: BR-153 pede socorro


Outro ponto crítico é a adequação do trecho urbano da BR-153, especialmente na região conhecida como Castelo Branco. Com o aumento previsto no fluxo de veículos após a inauguração da ponte, o DNIT foi acionado para realizar levantamentos técnicos e propor melhorias. No entanto, até agora, não há clareza sobre prazos ou ações concretas. Sem essa adequação, a ponte corre o risco de se tornar um gargalo logístico em vez de uma solução.


A cobrança que não pode silenciar


A atuação do deputado Delegado Caveira, ao cobrar diretamente o ministro Renan Filho, representa não apenas um gesto político, mas uma voz que ecoa o clamor de milhares de cidadãos. A ponte entre Xambioá e São Geraldo do Araguaia não é apenas uma obra de concreto e aço — é uma promessa de dignidade, de desenvolvimento e de respeito ao povo da região.


O governo federal precisa entender que infraestrutura não é apenas uma questão de engenharia, mas de compromisso com o futuro. E esse futuro não pode continuar sendo adiado.



 
 
 

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