Edmundo González agradece apoio de Javier Milei e afirma que tomará posse na Venezuela
- Luana Valente
- 5 de jan.
- 2 min de leitura

O líder da oposição venezuelana, Edmundo González, declarou neste sábado que pretende retornar à Venezuela para tomar posse como presidente, desafiando diretamente o atual presidente Nicolás Maduro. González, que está exilado na Espanha desde setembro, afirmou que foi o verdadeiro vencedor das eleições presidenciais de julho passado, alegando ter recebido 7 milhões de votos, enquanto Maduro teria obtido 5,150 milhões.
Em Buenos Aires, onde se encontrou com o presidente argentino Javier Milei, González reafirmou sua intenção de retornar à Venezuela no dia 10 de janeiro, data prevista para a posse presidencial. “Vou voltar à Venezuela para assumir a responsabilidade que me deram 8 milhões de cidadãos”, declarou González.
González também agradeceu o apoio e respaldo do governo argentino e a afirmou que “a visita foi interessante o encontro com Milei
uma vez que se deixou à disposição para continuar ajudando.”
González deixou a Venezuela após o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) declarar Maduro vencedor com 51,2% dos votos, em comparação aos 44,2% atribuídos a González. Até o momento, as atas eleitorais que comprovem os resultados não foram divulgadas, gerando desconfiança e protestos que resultaram em 28 mortes e milhares de detenções.
O governo de Maduro, por sua vez, ofereceu uma recompensa de 100 mil dólares por informações que levem à captura de González, acusando-o de planejar um golpe de estado com o apoio dos Estados Unidos. As Forças Armadas venezuelanas declararam "lealdade absoluta" a Maduro, que governa o país desde a morte de Hugo Chávez em 2013.
A comunidade internacional, incluindo os Estados Unidos e a União Europeia, tem pressionado por uma transição pacífica e ordenada, exigindo a divulgação das atas eleitorais para validar os resultados. O governo brasileiro, embora não reconheça a eleição de Maduro, enviará um representante para a posse.
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