
No último sábado (7), durante uma manifestação na Avenida Paulista, em São Paulo, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) defendeu a concessão de anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro. O evento, que contou com a presença de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, foi marcado por discursos em defesa da liberdade e críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Tarcísio, em seu discurso, destacou a necessidade de "pacificação" no país e argumentou que a anistia seria um passo importante nesse sentido. "Estamos aqui para fazer a diferença: e a nossa causa hoje é a liberdade, é a anistia para aqueles apenados de forma desproporcional, de forma cruel. Anistia, sim", afirmou o governador.
A proposta de anistia, que será analisada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados na próxima terça-feira, tem gerado debates acalorados. Enquanto apoiadores veem a medida como um ato de justiça e reconciliação, críticos argumentam que ela pode enfraquecer o sistema judiciário e incentivar novos atos antidemocráticos.
Durante o evento, Tarcísio evitou mencionar diretamente o ministro Alexandre de Moraes, do STF, diferentemente de outros oradores que pediram seu impeachment. O governador preferiu focar em elogios ao ex-presidente Bolsonaro e em destacar a importância da segurança jurídica e da liberdade.
A manifestação na Avenida Paulista reuniu milhares de pessoas, muitas vestidas com camisas amarelas da seleção brasileira e carregando cartazes com frases antidemocráticas. O clima tenso refletiu a polarização política que ainda persiste no país, quase um ano após os tumultos de 8 de janeiro.
A análise da proposta de anistia na CCJ será um momento crucial para o futuro político do Brasil, podendo definir os rumos da pacificação nacional e a resposta institucional aos atos de 8 de janeiro.
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