
Em uma ação conjunta, a empresa de mídia do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e a plataforma de vídeos Rumble entraram com um processo judicial contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. A ação foi protocolada em um tribunal federal na Flórida, onde a Rumble está sediada.
A motivação para o processo é a alegação de que ordens recentes de Moraes, que determinam o fechamento da conta do jornalista e influenciador bolsonarista Allan dos Santos e a entrega de seus dados de usuário, violam a soberania dos Estados Unidos, a Constituição americana e as leis do país. As ordens de Moraes foram emitidas de forma sigilosa e proíbem que a Rumble divulgue seu teor.
“Moraes agora está tentando contornar completamente o sistema legal americano, utilizando ordens sigilosas de censura para pressionar redes sociais americanas a banir o dissidente político (Allan dos Santos) em nível global”, afirmou à Folha Chris Pavlovski, CEO da Rumble.
A Rumble, que deixou o Brasil em dezembro de 2023 devido a diversas "ordens injustas de censura" emitidas por Moraes, retomou suas operações no país no início de fevereiro de 2025, após a revogação de uma ordem que bloqueava a conta do podcaster Monark.
No entanto, novas determinações de Moraes exigem que a plataforma encerre permanentemente a conta de Allan dos Santos e impeça a criação de novos perfis.
Allan dos Santos enfrenta acusações criminais no Brasil relacionadas à suposta disseminação de desinformação sobre o STF e as eleições de 2022. No entanto, o governo dos EUA rejeitou o pedido de extradição do Brasil, argumentando que tais atos estão protegidos pelo direito à liberdade de expressão.
A ação judicial movida pela Trump Media & Technology Group e pela Rumble destaca a tensão entre as plataformas de mídia americanas e as decisões judiciais brasileiras, levantando questões sobre a liberdade de expressão e a soberania nacional.
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