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Escândalo bilionário: entidade sindical ligada ao PT é acusada de embolsar R$3,6 bilhões de aposentados


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Brasília — A Controladoria-Geral da União (CGU) revelou nesta quinta-feira (4) que a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), entidade sindical historicamente vinculada ao Partido dos Trabalhadores (PT), é suspeita de ter arrecadado indevidamente cerca de R$3,6 bilhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) A.


A denúncia foi apresentada por Eliane Viegas Mota, diretora de Auditoria de Previdência e Benefícios da CGU, durante depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS. Segundo Mota, o valor inicialmente estimado em R$3,47 bilhões pode ser ainda maior, alcançando os R$3,6 bilhões após revisão técnica.


O escândalo gira em torno de um acordo de cooperação técnica entre o INSS e a Contag, renovado em agosto de 2024, mesmo após pareceres contrários da CGU e da Procuradoria-Geral recomendarem seu encerramento. O INSS justificou a manutenção do convênio alegando a “longa tradição” da entidade.


A Contag é presidida por Aristides Veras dos Santos, militante petista e irmão do deputado federal Carlos Veras (PT-PE), atual primeiro secretário da Câmara dos Deputados. Ambos têm evitado declarações públicas desde que o caso veio à tona.


A investigação faz parte da Operação Sem Desconto, deflagrada pela Polícia Federal e pela CGU, que apura um esquema de descontos indevidos em benefícios previdenciários. O esquema teria sido operacionalizado entre 2019 e 2024, com apoio de servidores públicos e entidades sindicais, resultando em prejuízos que podem ultrapassar R$6,3 bilhões.


Como consequência, seis gestores do INSS foram afastados, incluindo o então presidente Alessandro Stefanutto, indicado pelo ministro Carlos Lupi. Mandados de busca e apreensão foram cumpridos, e bens avaliados em mais de R$1 bilhão foram sequestrados.


Milhares de aposentados e pensionistas relataram ter sofrido descontos não autorizados em seus benefícios, destinados ao financiamento de associações e sindicatos. O desbloqueio em lote de mais de 30 mil benefícios, realizado em setembro de 2022, foi um dos principais alvos da auditoria, que apontou ausência de autorização formal dos lesados.


O Ministério da Justiça informou que os aposentados poderão ser ressarcidos, e que os envolvidos responderão por crimes como estelionato, associação criminosa e peculato.


A CPMI do INSS segue apurando os fatos, enquanto o governo enfrenta pressão para revisar os acordos com entidades sindicais. A CGU e a Polícia Federal prometem aprofundar as investigações e responsabilizar os envolvidos.



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