“Especialistas alertam: Lula subestima guerra por territórios no Rio de Janeiro”
- Luana Valente

- 30 de out.
- 2 min de leitura

Especialistas em segurança pública alertam que o presidente Lula ignora a gravidade da guerra por controle de territórios no Rio de Janeiro, marcada por confrontos intensos entre facções criminosas e forças do Estado.
A escalada da violência no Rio de Janeiro tem sido descrita por especialistas como uma verdadeira “guerra civil” entre facções criminosas e o Estado brasileiro. Segundo o ex-capitão do BOPE Rodrigo Pimentel, roteirista do filme Tropa de Elite, o conflito ultrapassou a disputa por pontos de venda de drogas e se transformou em uma luta pelo domínio territorial. “As facções não apenas ocupam, mas governam essas áreas”, afirmou Pimentel.
A facção Comando Vermelho (CV) tem protagonizado confrontos armados com as forças de segurança, que mobilizaram recentemente cerca de 2.500 policiais em uma megaoperação. O uso de drones por criminosos para atacar agentes e o número recorde de mortes — 64 em um único dia — evidenciam o grau de organização e poder bélico dessas quadrilhas.
Apesar da gravidade da situação, especialistas criticam a postura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que, segundo eles, demonstra desconhecimento sobre a extensão do problema. A recusa em aceitar ajuda dos Estados Unidos para combater o narcoterrorismo foi interpretada como uma tentativa de evitar o rótulo de “guerra ao crime”, o que, para analistas, enfraquece a resposta federal ao avanço das facções.
O Ministério da Justiça, por sua vez, rebateu as críticas, destacando que houve renovação de forças federais por 11 vezes, além da presença da Força Nacional e apreensões significativas. O governo também citou reuniões com autoridades locais como evidência de seu envolvimento no combate ao crime organizado.
Ainda assim, estudiosos da segurança pública defendem uma abordagem mais integrada entre os governos municipal, estadual e federal. Eles apontam a necessidade urgente de investimentos em tecnologia, inteligência policial e políticas sociais de prevenção. “Não é mais aceitável no século 21 a falta de integração entre os entes federativos na segurança pública”, declarou um pesquisador ouvido pelo jornal.
A situação no Rio de Janeiro também tem repercussões em outros estados, como Ceará e Bahia, onde o controle territorial por facções criminosas tem se expandido. Curiosamente, ambos são governados por aliados do presidente Lula, o que levanta questionamentos sobre a eficácia da coordenação nacional no enfrentamento ao crime organizado.
A crise no Rio reacende o debate sobre o papel do governo federal na segurança pública e a urgência de uma política nacional que reconheça e enfrente a guerra territorial em curso. Para os especialistas, ignorar essa realidade pode comprometer a soberania do Estado e a segurança da população.






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