PGR Pressiona Cláudio Castro Após Ordem de Moraes Sobre Operação no Rio
- Luana Valente

- 30 de out.
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A Procuradoria-Geral da República (PGR) intensificou ações contra o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, após determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), exigindo esclarecimentos sobre a operação policial mais letal da história do estado.
Na segunda-feira, 28 de outubro, uma megaoperação policial nos complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro, resultou na morte de pelo menos 132 pessoas, incluindo quatro policiais, dois militares e dois civis Metrópoles. A ação, voltada contra o Comando Vermelho, provocou forte reação de entidades de direitos humanos e da sociedade civil.
O ministro Alexandre de Moraes, relator da ADPF das Favelas — ação que trata da letalidade policial em comunidades — determinou que Cláudio Castro apresentasse um relatório detalhado sobre a operação. O documento deve incluir o número oficial de mortos, feridos e detidos, além da justificativa formal para a realização da ação.
Em resposta à ordem de Moraes, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, encaminhou manifestação ao STF reforçando a necessidade de esclarecimentos por parte do governador. O parecer da PGR também endossa pedidos do Conselho Nacional dos Direitos Humanos (CNDH) e do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), que solicitam diligências complementares e medidas para conter a violência policial.
A Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados (CDHMIR) solicitou formalmente à PGR a avaliação da prisão preventiva de Cláudio Castro. O pedido foi assinado por nove parlamentares, que classificaram a operação como um “crime do governador” e pediram perícia independente e rastreamento das armas utilizadas.
A ação reacendeu o debate sobre o uso da força policial em comunidades vulneráveis e a responsabilização de autoridades por operações com alto número de vítimas. A ADPF das Favelas, que já havia estabelecido diretrizes para reduzir a letalidade policial, volta ao centro das discussões jurídicas e políticas.
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