
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) negou as acusações feitas por seu ex-ajudante de ordens, tenente-coronel Mauro Cid, em acordo de delação premiada. Em entrevista à Bloomberg, Bolsonaro afirmou que Cid fez as acusações contra ele e sua família por estar “sendo chantageado”. O ex-presidente classificou as alegações como “absurdas”.
“O que ele disse é absurdo. Cid está sendo chantageado para dizer essas coisas”, declarou o ex-presidente, ao contestar trechos dos depoimentos de seu ex-assessor.
Os depoimentos de Mauro Cid, que estão sob sigilo pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, foram obtidos pelo jornal Folha de S. Paulo e divulgados pelo colunista Elio Gaspari.
Cid teria mencionado ainda que Eduardo Bolsonaro (PL), deputado federal e filho de Bolsonaro, e Michelle Bolsonaro, ex-primeira-dama, faziam parte de um grupo mais radical próximo ao ex-presidente.
Bolsonaro e outras 39 pessoas foram indiciados em novembro de 2024 pela Polícia Federal (PF) por suposta tentativa de golpe de Estado, tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito e organização criminosa.
Segundo a PF, uma “organização criminosa que atuou de forma coordenada, em 2022, na tentativa de manutenção do então presidente da República no poder” foi identificada pelo órgão.
O senador Jorge Seif (PL-SC), também citado por Mauro Cid na delação, disse que as declarações eram “falaciosas, absurdas e mentirosas”.
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