
“Eu sei o que é ser ameaçado pelo PCC”, declara o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, durante o julgamento que livrou o senador Sérgio Moro (União Brasil-PR) da cassação nesta terça-feira (21). Ao argumentar Moraes se referiu ao fato de Moro ter contratado seguranças e adquirido carros blindados com recursos de campanha.
“Eu sei o que é ser ameaçado pelo PCC. Eu sei o que é ser ameaçado, você e a sua família, de morte. Então, dizer que segurança para o ex-juiz e ex-ministro Sérgio Moro fazer campanha é um gasto de campanha, dizer que carro blindado e segurança para que ele possa fazer (campanha)”, argumentou Moraes.
“Eu não diria nem com tranquilidade, porque não dá tranquilidade para você, mas dá tranquilidade para a sua família, para a sua mulher, para os seus filhos”, completou.
Quanto ao veredito de Moro, o magistrado sustentou que “não há nenhuma dúvida” de que Moro não tinha intenção de fazer a manobra eleitoral descrita nas ações movidas pelo PL e da federação endossada pelo PT.
“Houve uma conjugação de fatores que levaram o então candidato Sergio Moro a ser candidato a senador pelo estado do Paraná. Ele era, realmente e efetivamente, pré-candidato a presidente da República”, alegou o magistrado.
“Para cassação de registro, de mandatos e decretação de inelegibilidade, esse TSE e a Justiça Eleitoral exige provas cabais”, também afirmou.
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