EUA autorizam entrada de Padilha, mas impõem restrições de circulação em Nova York
- Luana Valente

- 19 de set.
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O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, recebeu autorização para entrar nos Estados Unidos e acompanhar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em compromissos oficiais em Nova York, entre os dias 20 e 24 de setembro. No entanto, sua circulação na cidade será severamente limitada pelas autoridades americanas.
Segundo fontes do governo brasileiro, Padilha poderá se deslocar apenas entre o hotel onde estará hospedado, a sede da Organização das Nações Unidas (ONU) e representações diplomáticas brasileiras. A área de circulação permitida será restrita a um raio de até cinco quarteirões ao redor do hotel.
A medida ocorre após uma série de entraves diplomáticos envolvendo o ministro. Padilha foi o último integrante da comitiva presidencial a receber o visto americano, solicitado em agosto. O atraso na liberação do documento gerou especulações especialmente em razão de sua atuação no programa Mais Médicos, criado em 2013 durante o governo Dilma Rousseff. Punido por haver implementado o programa e acusado de estabelecer relação análoga à escravidão com profissionais de saúde cubanos, o visto de Padilha teve restrição adicional, reservada a figuras perigosas.
Apesar das restrições, Padilha deverá participar da Assembleia Geral da ONU e da conferência internacional da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), eventos considerados estratégicos para a agenda de saúde pública brasileira.
A decisão de limitar a circulação de autoridades estrangeiras em território americano é prerrogativa do governo dos Estados Unidos.
Entretanto, em declaração recente, Padilha minimizou o episódio: “Esse negócio do visto é igual àquela música, ‘tô nem aí’. Só fica preocupado com o visto quem quer ir para os Estados Unidos. Eu não quero ir para os Estados Unidos”.






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