União Brasil rompe com governo Lula e acusa chantagem institucional
- Luana Valente

- 18 de set.
- 2 min de leitura

O partido União Brasil anunciou nesta quinta-feira (18) que seus filiados nomeados para cargos no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) têm o prazo de 24 horas para deixar suas funções. A decisão foi aprovada por unanimidade pela Executiva Nacional e pelas lideranças da legenda na Câmara dos Deputados e no Senado Federal.
A medida atinge cargos de livre nomeação na administração pública federal, direta e indireta, incluindo o Ministério do Turismo, atualmente comandado por Celso Sabino (União-PA). A legenda também foi responsável por indicar nomes para os Ministérios da Integração e Desenvolvimento Regional e das Comunicações.
Acusações de chantagem e uso político da máquina pública
Em nota oficial, o União Brasil acusa o governo Lula de utilizar a estrutura estatal para retaliar o partido após sua decisão de se afastar do Planalto. A sigla afirma que denúncias recentes contra o presidente da legenda, Antônio Rueda — alvo de investigações da Polícia Federal sobre suposta ligação com o PCC — seriam “infundadas, prematuras e superficiais”, e teriam como objetivo desgastar sua imagem.
“Causa profunda estranheza que essas inverdades venham a público justamente poucos dias após a determinação oficial de afastamento de filiados do União Brasil de cargos ocupados no Governo Federal”, diz o comunicado.
A legenda vê o episódio como uma tentativa de chantagem institucional e reafirma sua postura de independência em relação ao governo federal. O partido também alertou que os filiados que não cumprirem o prazo de desligamento poderão ser enquadrados por infidelidade partidária.
Repercussões e cenário político
A decisão do União Brasil intensifica a tensão entre o governo Lula e partidos do chamado centrão, que têm desempenhado papel estratégico na governabilidade. A saída de quadros do União pode impactar diretamente a composição ministerial e a articulação política no Congresso Nacional.
O Palácio do Planalto ainda não se pronunciou oficialmente sobre as acusações e o ultimato do partido.






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