EUA realizam maior apreensão de cocaína da história em operação no Pacífico
- Luana Valente

- 19 de set.
- 2 min de leitura

Em uma das maiores operações antidrogas já realizadas pelos Estados Unidos, a Guarda Costeira anunciou a apreensão de mais de 34 toneladas de cocaína durante uma série de interdições no Oceano Pacífico Oriental e no Mar do Caribe. A ação, parte da Operação Pacific Viper, teve início em 8 de agosto e resultou na captura de 59 suspeitos de narcotráfico, além da destruição de embarcações utilizadas para o transporte de entorpecentes.
Segundo o Departamento de Segurança Interna, a ofensiva foi coordenada por múltiplas agências nacionais e internacionais, incluindo a Marinha dos EUA, a Alfândega e Proteção Fronteiriça (CBP), e a Marinha Real dos Países Baixos. A operação contou com o uso de drones, helicópteros táticos e navios de guerra, e foi liderada pela Força-Tarefa Conjunta Interinstitucional Sul (JIATF-S).
Carga histórica
O total apreendido inclui aproximadamente 27.800 quilos de cocaína e 6.600 quilos de maconha, com valor estimado de US$ 473 milhões no mercado ilícito. O desembarque da carga ocorreu no porto de Port Everglades, na Flórida, onde autoridades realizaram uma coletiva de imprensa para destacar o impacto da operação.
O contramestre Adam Chamie, comandante do Distrito Sudeste da Guarda Costeira, afirmou que a quantidade de droga confiscada seria suficiente para causar “uma overdose fatal em toda a população do estado da Flórida”.
Foco em cartéis transnacionais
A operação teve como alvo principal o Cartel dos Sóis, organização criminosa transnacional associada ao tráfico de drogas na América do Sul. As interdições ocorreram em áreas estratégicas, como nas proximidades das Ilhas Galápagos e ao norte de Bonaire, onde embarcações rápidas transportavam grandes volumes de cocaína.
O governo do presidente Donald Trump reforçou que ações como essa fazem parte de uma política de “tolerância zero” contra o narcoterrorismo e o tráfico internacional de drogas. Em comunicado oficial, o Departamento de Segurança Interna destacou que a repressão aos cartéis é essencial para proteger a pátria e desmantelar redes criminosas que ameaçam a segurança nacional.
Implicações internacionais
Além dos desdobramentos no Pacífico, a operação também teve reflexos políticos. O envio de navios de guerra ao Mar do Caribe foi interpretado como uma resposta direta às acusações contra o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, apontado por Washington como líder de um cartel internacional de drogas.
A megaoperação representa um marco na luta contra o narcotráfico marítimo e reforça a capacidade de cooperação internacional para enfrentar ameaças transnacionais. Segundo autoridades americanas, novas ações estão previstas para os próximos meses, com foco em rotas críticas de tráfico na América Latina.






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