Ex-comandante do Exército nega presença de Filipe Martins em reunião sobre suposto golpe
- Luana Valente
- 20 de mai.
- 2 min de leitura
O general Marco Antônio Freire Gomes, ex-comandante do Exército durante o governo de Jair Bolsonaro, afirmou em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta segunda-feira (19) que não reconheceu o ex-assessor da Presidência Filipe Martins na reunião de 7 de dezembro de 2022, onde teria sido discutida uma minuta com sugestões de medidas de exceção.
Segundo Freire Gomes, um assessor desconhecido esteve presente no encontro, apresentou um documento e se retirou, sem participação ativa na discussão. A declaração do militar contrasta com a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), que acusa Martins de ter contribuído para a elaboração da suposta tentativa de golpe.
Durante seu depoimento, Freire Gomes relatou que Bolsonaro apresentou aos comandantes das Forças Armadas um documento contendo propostas como Estado de Defesa, Estado de Sítio e Garantia da Lei e da Ordem (GLO), mas destacou que, naquele momento, o conteúdo foi tratado apenas como uma informação. O general também negou a presença do brigadeiro Baptista Junior na reunião.
A investigação da PGR se baseia na delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, e em apurações conduzidas pela Polícia Federal (PF). Segundo os documentos reunidos, Martins teria auxiliado Bolsonaro na apresentação da chamada "minuta do golpe", que teria sido usada para pressionar os comandantes militares sobre uma possível ruptura institucional.
Martins foi preso em fevereiro de 2023, acusado de integrar a comitiva que teria acompanhado Bolsonaro a Orlando, nos Estados Unidos, em 30 de dezembro de 2022. A PF considerou a viagem parte de uma estratégia golpista. No entanto, a defesa do ex-assessor apresentou provas que contradizem essa versão, incluindo registros de corrida por aplicativo e bilhetes aéreos que indicam sua presença no Paraná na data em questão.
[A](https://www.gp1.com.br/brasil/noticia/2025/5/20/ex-comandante-do-exercito-nao-confirma-filipe-martins-em-reuniao-de-suposto-golpe-594715.html?copilot_analytics_metadata=eyJldmVudEluZm9fY29udmVyc2F0aW9uSWQiOiJXYWtpUmt6NEJmQnM3Zk5LUGhZWlAiLCJldmVudEluZm9fY2xpY2tEZXN0aW5hdGlvbiI6Imh0dHBzOlwvXC93d3cuZ3AxLmNvbS5iclwvYnJhc2lsXC9ub3RpY2lhXC8yMDI1XC81XC8yMFwvZXgtY29tYW5kYW50ZS1kby1leGVyY2l0by1uYW8tY29uZmlybWEtZmlsaXBlLW1hcnRpbnMtZW0tcmV1bmlhby1kZS1zdXBvc3RvLWdvbHBlLTU5NDcxNS5odG1sIiwiZXZlbnRJbmZvX21lc3NhZ2VJZCI6Illlb2V6bjZ5S2JGNFJOWVZSYk5KbiIsImV2ZW50SW5mb19jbGlja1NvdXJjZSI6ImNpdGF0aW9uTGluayJ9&citationMarker=9F742443-6C92-4C44-BF58-8F5A7C53B6F1).
Apesar das evidências apresentadas pela defesa, Martins permaneceu preso por seis meses. Seus advogados alegam que houve equívocos na apuração dos fatos e que ele não teve envolvimento na articulação de medidas para subverter a ordem democrática [A](https://www.gp1.com.br/brasil/noticia/2025/5/20/ex-comandante-do-exercito-nao-confirma-filipe-martins-em-reuniao-de-suposto-golpe-594715.html?copilot_analytics_metadata=eyJldmVudEluZm9fY2xpY2tTb3VyY2UiOiJjaXRhdGlvbkxpbmsiLCJldmVudEluZm9fY2xpY2tEZXN0aW5hdGlvbiI6Imh0dHBzOlwvXC93d3cuZ3AxLmNvbS5iclwvYnJhc2lsXC9ub3RpY2lhXC8yMDI1XC81XC8yMFwvZXgtY29tYW5kYW50ZS1kby1leGVyY2l0by1uYW8tY29uZmlybWEtZmlsaXBlLW1hcnRpbnMtZW0tcmV1bmlhby1kZS1zdXBvc3RvLWdvbHBlLTU5NDcxNS5odG1sIiwiZXZlbnRJbmZvX21lc3NhZ2VJZCI6Illlb2V6bjZ5S2JGNFJOWVZSYk5KbiIsImV2ZW50SW5mb19jb252ZXJzYXRpb25JZCI6Ildha2lSa3o0QmZCczdmTktQaFlaUCJ9&citationMarker=9F742443-6C92-4C44-BF58-8F5A7C53B6F1). O caso segue em investigação pelo STF.
Para mais detalhes, acesse [aqui](https://www.gp1.com.br/brasil/noticia/2025/5/20/ex-comandante-do-exercito-nao-confirma-filipe-martins-em-reuniao-de-suposto-golpe-594715.html).
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