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Exportadores de café dizem que situação do Brasil piorou


Setor cafeeiro critica manutenção de tarifas nos EUA e alerta para perda de competitividade


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A recente decisão do governo dos Estados Unidos de reduzir tarifas globais de importação para produtos agrícolas não trouxe alívio ao setor cafeeiro brasileiro. Pelo contrário, representantes da indústria afirmam que a medida agravou a crise de competitividade do Brasil no maior mercado consumidor do mundo.


Em novembro de 2025, a Casa Branca anunciou a eliminação de uma tarifa global de 10% sobre cerca de 200 produtos agrícolas. No entanto, foi mantida uma sobretaxa de 40% aplicada exclusivamente ao café brasileiro, imposta em agosto pelo governo Donald Trump. Concorrentes diretos como Colômbia e Vietnã passaram a exportar sem tarifas, ampliando sua vantagem competitiva.


Os impactos foram imediatos. As exportações de café do Brasil para os EUA caíram 51,5% entre agosto e outubro de 2025, segundo dados do Conselho dos Exportadores de Café (Cecafé). No segmento de cafés especiais, a retração foi ainda mais acentuada, chegando a 55%. Apesar da redução global anunciada, o Brasil permanece isolado, enfrentando custos adicionais que encarecem o produto e reduzem sua participação nos blends consumidos nos EUA.


O presidente do Cecafé, Márcio Cândido Ferreira, declarou que a situação “piorou para o Brasil” e pediu maior empenho do governo em negociações comerciais. Já Marcos Matos, diretor da entidade, alertou que a manutenção da tarifa agrava a competitividade e ameaça a posição histórica do Brasil como maior exportador mundial. A Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA) reforçou que a medida prejudica diretamente produtores de cafés diferenciados, que dependem fortemente do mercado norte-americano.


O governo brasileiro inicialmente celebrou a redução global como uma vitória diplomática, mas o setor cafeeiro considera que o país foi deixado em desvantagem. Exportadores defendem a necessidade de um acordo bilateral imediato para reverter a sobretaxa e recuperar espaço perdido. Enquanto isso, consumidores americanos já pagam cerca de 20% a mais pelo café, reflexo da menor oferta brasileira e da adaptação a novos blends.


Em resumo, embora os EUA tenham reduzido tarifas para diversos países, o Brasil permanece sujeito a uma sobretaxa de 40% sobre o café, o que levou a uma queda drástica nas exportações e intensificou a pressão sobre produtores. Exportadores afirmam que a situação piorou e exigem ação rápida do governo para evitar perdas ainda maiores no mercado internacional.

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