A escassez de insulina nas unidades da Farmácia Popular em todo o Brasil tem gerado grande preocupação entre os pacientes diabéticos. A situação, que já vinha sendo alertada por entidades médicas, se agravou nas últimas semanas, afetando diretamente cerca de dois milhões de brasileiros que dependem do medicamento para controlar a diabetes.
A falta de insulina NPH e regular, as únicas disponíveis gratuitamente pelo programa, foi confirmada por diversas farmácias em todo o país. Segundo o Ministério da Saúde, o problema se deve à dificuldade de aquisição do medicamento, com pregões fracassados e participação parcial das empresas fornecedoras. A principal fabricante, Novo Nordisk, já havia avisado sobre a indisponibilidade dos insumos devido ao aumento da demanda e à redução de outros fornecedores no mercado mundial.
Para os pacientes, a falta de insulina representa um risco significativo à saúde. Sem o medicamento, muitos são obrigados a buscar alternativas mais caras ou recorrer ao Sistema Único de Saúde (SUS), onde também enfrentam dificuldades de abastecimento. A Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) e a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) têm emitido alertas e orientações para que os pacientes busquem orientação médica ao substituir as insulinas humanas por análogos, que possuem diferentes formas de ação.
A situação exige uma resposta rápida e eficaz das autoridades de saúde para garantir o fornecimento contínuo de insulina e evitar complicações graves para os pacientes diabéticos. Enquanto isso, as entidades médicas continuam monitorando a situação e buscando soluções junto aos órgãos competentes.
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