
Durante um encontro em Brasília, na terça-feira (11), Luíza Cunha, filha de Cleriston Pereira da Cunha, mais conhecido como Clezão, denunciou ao relator especial da Organização dos Estados Americanos (OEA), Pedro Vaca Villarreal, que seu pai foi torturado e morreu na Penitenciária da Papuda.
Clezão, que era empresário foi acusado de envolvimento nos ataques de 8 de janeiro aos Três Poderes, e ainda segundo Luiza, foi preso injustamente, e mesmo doente foi tratado como criminoso pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Luíza destacou também que a morte de seu pai ocorreu após o ministro Alexandre de Moraes ignorar laudos médicos e recomendações da Procuradoria-Geral da República (PGR) para sua soltura.
"Meu pai foi morto injustamente e torturado na cadeia. Minha família não merece isso. Estamos sendo torturados até hoje. Por favor, nos ajude", afirmou Luíza ao encontrar com Vaca que demonstrou condolências e prometeu investigar o caso.
A família de Clezão acredita que ele não participou dos ataques e que entrou no Congresso Nacional para se proteger de bombas lançadas por forças de segurança. A morte de Clezão ocorreu em 20 de novembro de 2023, após um mal súbito durante o banho de sol na penitenciária.
A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) da OEA está no Brasil para avaliar a situação da liberdade de expressão e ouvir denúncias de abusos de autoridade.
O deputado federal Marcel van Hattem também é esteve presente no encontro e destacou a importância de denunciar os abusos praticados pelo STF.
“Não haverá como ele voltar a Washington [EUA] sem estar absolutamente convencido da situação absurda e ilegal que estamos vivendo. Chega de censura, perseguição política e abusos de autoridade de Lula, do PT e seus aliados, especialmente do STF!”, declarou Marcel van Hattem.
A família de Clezão espera que a OEA possa trazer justiça e esclarecer as circunstâncias da morte do empresário.
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