Flávio Bolsonaro afirma que prisão de Jair Bolsonaro foi motivada por “intolerância religiosa”
- Luana Valente

- 25 de nov.
- 2 min de leitura
Declaração ocorre após o PL anunciar mobilização em prol do Projeto da Anistia

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) declarou nesta segunda-feira (24) que a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro foi resultado de “intolerância religiosa”. A fala foi feita durante coletiva de imprensa, após reunião do Partido Liberal (PL), que anunciou mobilização política em defesa da aprovação do Projeto de Anistia no Congresso Nacional.
Bolsonaro foi preso preventivamente no último sábado (22), por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A decisão foi referendada pela Primeira Turma da Corte e ocorreu após o ex-presidente já cumprir prisão domiciliar. A medida provocou reação imediata do PL, que reuniu cerca de 50 parlamentares em Brasília para discutir estratégias de enfrentamento.
Na coletiva, Flávio Bolsonaro classificou a decisão judicial como “mirabolante” e afirmou que o episódio reforça a necessidade de uma anistia ampla. Segundo ele, o objetivo do partido é garantir a tramitação e aprovação do projeto tanto na Câmara quanto no Senado, sem aceitar propostas que reduzam penas de forma parcial. “Nosso foco é uma anistia que alcance todos os condenados”, disse o senador.
O encontro convocado pelo presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, contou com a presença da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e dos filhos do ex-presidente. Durante mais de duas horas de reunião, a legenda consolidou a estratégia de transformar a prisão em um ato de perseguição religiosa, buscando fortalecer a narrativa junto à base conservadora e ampliar a pressão política sobre o Congresso.
A declaração de Flávio Bolsonaro gerou repercussão imediata. Para aliados, o discurso reforça a ideia de perseguição contra o ex-presidente e mobiliza apoiadores. Já críticos apontam que a fala busca desviar o foco das acusações que levaram à prisão preventiva e transformar o caso em uma pauta de liberdade religiosa.
Assim, o PL inicia uma nova fase de sua atuação política: usar a prisão de Jair Bolsonaro como símbolo de intolerância religiosa e como motor para pressionar pela aprovação do Projeto de Anistia.






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