Malafaia acusa Moraes de “omitir fatos” ao manter prisão de Bolsonaro
- Luana Valente

- 24 de nov.
- 2 min de leitura
Líder religioso contesta cronologia apresentada pelo ministro do STF e chama decisão de injusta

O pastor Silas Malafaia, aliado político de Jair Bolsonaro, acusou o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de “omitir fatos” ao justificar a manutenção da prisão preventiva do ex-presidente. Em vídeo divulgado nas redes sociais, Malafaia afirmou que a versão apresentada pelo magistrado não corresponde à realidade e classificou a decisão como covarde.
Na decisão, Moraes sustentou que Bolsonaro descumpriu medidas cautelares impostas pelo Supremo, como restrições ao uso das redes sociais e a participação em atos públicos. O ministro citou episódios ocorridos em julho e agosto, além de apontar risco de fuga e violação da tornozeleira eletrônica.
Malafaia, no entanto, contestou a cronologia apresentada. Segundo ele, Moraes ignorou fatos relevantes, como uma carta enviada pelo governo dos Estados Unidos ao Brasil em 9 de julho, criticando o processo contra Bolsonaro. O pastor também destacou que em 18 de julho o ministro aplicou novas medidas cautelares, incluindo a tornozeleira eletrônica, e que o ex-presidente não teria descumprido as regras como alegado.
Para o líder religioso, a prisão preventiva decretada em 22 de novembro representa uma tentativa de criar uma “cortina de fumaça” para desviar a atenção de outros escândalos, como o caso envolvendo o Banco Master. Malafaia tem usado suas redes sociais para mobilizar apoiadores e reforçar a narrativa de perseguição judicial contra Bolsonaro.
O embate entre Malafaia e Moraes evidencia a tensão crescente entre setores religiosos e políticos alinhados ao ex-presidente e o Supremo Tribunal Federal. A acusação de “omissão de fatos” reforça a estratégia de contestar a legitimidade das decisões judiciais e amplia a polarização em torno da prisão de Jair Bolsonaro.






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