Flávio Bolsonaro vê gesto dos EUA como sinal de anistia no Brasil
- Luana Valente

- há 1 dia
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Senador afirma que Trump deve retirar sobretaxas sobre exportações brasileiras

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) classificou como um “gesto gigantesco” a decisão do governo dos Estados Unidos de retirar as sanções impostas ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. A medida, anunciada nesta sexta-feira (12), foi interpretada pelo parlamentar como um movimento político em direção à anistia no Brasil, tema que tem dominado o debate nacional nos últimos meses.
Moraes havia sido incluído na lista de sancionados pela chamada Lei Magnitsky, sob acusações de perseguição política contra aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro. A exclusão de seu nome, segundo Flávio, representa não apenas um alívio nas tensões diplomáticas entre Brasília e Washington, mas também um sinal de que o governo Trump estaria disposto a apoiar iniciativas internas de pacificação política no Brasil.
Em declarações públicas, o senador reforçou que “não há nenhuma dúvida” de que o próximo passo da Casa Branca será a retirada integral das sobretaxas aplicadas sobre produtos brasileiros exportados. Essas tarifas, conhecidas como “tarifaço”, vinham sendo alvo de críticas de setores produtivos nacionais, especialmente da agroindústria, que apontavam prejuízos bilionários nas relações comerciais entre os dois países.
Flávio Bolsonaro, que se apresenta como pré-candidato à Presidência da República, aproveitou o episódio para destacar o que considera uma reaproximação estratégica entre Brasil e Estados Unidos. Para ele, a decisão de Trump abre caminho para que as relações bilaterais voltem à “normalidade democrática”, expressão usada pelo senador em suas redes sociais.
A partir leitura política do gesto americano ocorre em meio à tramitação no Senado de projetos relacionados à chamada “anistia light”, que podem reduzir penas de envolvidos nos atos de 8 de janeiro e beneficiar o ex-presidente Jair Bolsonaro. Nesse contexto, a fala de Flávio reforça a narrativa de que pressões externas podem influenciar o debate interno sobre reconciliação nacional.






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