Fraudes no INSS: Pesquisa Ipsos-Ipec revela insatisfação com atuação do governo

Reuters/Manon Cruz

Uma pesquisa realizada pelo instituto Ipsos-Ipec revelou que 54% dos brasileiros consideram ruim ou péssima a atuação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva diante das fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O levantamento, divulgado nesta segunda-feira (16), entrevistou 2.000 pessoas em 132 municípios entre os dias 5 e 9 de junho de 2025.

O estudo também apontou que 22% dos entrevistados avaliam a resposta do governo como ótima ou boa, enquanto 18% classificam como regular. Além disso, 6% não souberam ou não quiseram responder.

A pesquisa investigou a percepção dos brasileiros sobre a origem do problema. 43% acreditam que o governo Lula é responsável pela escalada das fraudes, pois os valores desviados aumentaram significativamente durante sua gestão. Por outro lado, 35% afirmam que o esquema começou no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro e só foi descoberto porque a atual administração investigou. Outros 6% concordam com ambas as afirmações, enquanto 4% não concordam com nenhuma.

O caso das fraudes no INSS veio à tona após uma investigação da Polícia Federal, que revelou um esquema de cadastramento irregular de aposentados para descontos indevidos em benefícios previdenciários. O prejuízo estimado pode chegar a R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024. Como consequência, o presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, foi demitido, e servidores do instituto foram afastados.

A repercussão do caso tem gerado debates sobre a responsabilidade do governo na gestão do problema e sobre medidas para evitar novas fraudes. Especialistas apontam que a transparência e o fortalecimento dos mecanismos de fiscalização são essenciais para garantir a integridade do sistema previdenciário.