Gasolina no Brasil custa 8% acima do preço internacional durante governo Lula, aponta Abicom
- Luana Valente

- 13 de out.
- 2 min de leitura
Defasagem persiste apesar da queda internacional

A gasolina vendida no Brasil continua mais cara do que o preço de paridade de importação (PPI), indicador que compara os valores internos com os praticados no mercado internacional. Segundo dados divulgados pela Abicom, na sexta-feira,10, o preço médio do litro no país está R$ 0,23 acima do PPI, o que representa uma diferença de 8%. Na semana anterior, a defasagem havia atingido 10%, mas recuou com a queda nas cotações internacionais do petróleo e a estabilidade do câmbio, que encerrou o período cotado a R$ 5,35 por dólar.
Apesar da diferença em relação ao mercado internacional, Petrobras e Acelen, principal refinadora privada do país, não realizaram reajustes nos preços da gasolina. A Petrobras, em especial, mantém os valores congelados desde junho de 2025, o que tem gerado críticas de especialistas e importadores sobre a falta de alinhamento com o mercado global.
A defasagem de R$ 0,23 por litro não é uniforme em todo o território nacional. Segundo a Abicom, os valores variam entre R$ 0,17 e R$ 0,31, dependendo do polo de entrega. Essa diferença impacta diretamente o consumidor final, especialmente em regiões mais distantes dos centros de distribuição, onde o custo logístico é maior.
Durante o terceiro mandato de Lula, iniciado em janeiro de 2023, o governo tem adotado uma política de contenção de reajustes nos combustíveis, com o objetivo de evitar pressões inflacionárias e preservar o poder de compra da população. No entanto, essa estratégia tem gerado tensões com o setor de importação, que aponta riscos de desabastecimento e prejuízos operacionais.
A Abicom defende que os preços internos sejam ajustados com maior frequência para refletir as oscilações do mercado internacional, garantindo previsibilidade e competitividade para os agentes econômicos envolvidos na cadeia de combustíveis.






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