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Governo brasileiro avalia possíveis sanções dos EUA após julgamento de Bolsonaro



Reprodução: fotomontagem
Reprodução: fotomontagem

O governo brasileiro acompanha com apreensão os desdobramentos do julgamento do líder da direita, Jair Bolsonaro (PL), no Supremo Tribunal Federal (STF), previsto para iniciar nesta terça-feira (2). A expectativa é de que uma eventual condenação por uma suposta tentativa de golpe de Estado possa desencadear uma nova rodada de sanções por parte dos Estados Unidos.


Desde julho, o governo norte-americano, liderado por Donald Trump, tem adotado medidas econômicas contra o Brasil, incluindo a imposição de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros. Trump tem citado o processo judicial contra Bolsonaro o intitulando de uma verdadeira “caça as bruxas”, alegando perseguição política e censura por parte do Judiciário brasileiro.


Além das tarifas, autoridades brasileiras foram alvo de sanções individuais, como o cancelamento de vistos e restrições baseadas na Lei Magnitsky, que pune violações de direitos humanos. O ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, foi diretamente atingido pelas medidas, e há especulações de que outros membros do STF possam ser incluídos em futuras sanções.


Bolsonaro é acusado pela Procuradoria-Geral da República de ser o “principal articulador” das ações que visavam manter-se no poder após a derrota nas eleições de 2022. O julgamento, conduzido pela Primeira Turma do STF, também envolve outros integrantes do núcleo político bolsonarista.


O governo Lula se posicionou indicando a aplicação da Lei de Reciprocidade, que permite ao Brasil adotar medidas equivalentes contra países que imponham sanções unilaterais. Embora o Palácio do Planalto negue relação direta entre o julgamento e essa iniciativa, fontes internas admitem que o movimento busca uma alternativa de se respaldar para eventuais retaliações.


Segundo diplomatas, o Brasil ainda não cogita adotar barreiras tarifárias imediatas, mas avalia alternativas políticas e comerciais, como tributação de serviços digitais e revisão de acordos de propriedade intelectual.


No entanto, o governo brasileiro tem reagido diferente até mesmo de países com regimes ditatoriais como a China e a Rússia, que vem se mantendo abertos ao diálogo e flexíveis para negociar as tarifações. Lula ainda fez exigências e afirma que “o Brasil não precisa ficar de cabeça baixa”.


Especialistas alertam para os efeitos econômicos de uma escalada nas sanções. A exclusão do Brasil do sistema internacional de pagamentos Swift, por exemplo, é vista como uma possibilidade, com potencial de causar instabilidade nos mercados financeiros, queda de investimentos e aumento do risco país.



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