Governo Dilma é responsável por metade do rombo no Fundo dos Correios, aponta análise
- Luana Valente
- 27 de ago de 2024
- 2 min de leitura

Uma análise recente revelou que o governo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) é responsável por uma significativa parcela do déficit bilionário no fundo de pensão dos Correios, o Postalis. De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, operações realizadas entre 2011 e 2016, período correspondente ao governo Dilma, contribuíram para um prejuízo de R$ 9,1 bilhões, representando mais da metade do rombo total estimado em R$ 15 bilhões.
Durante a gestão petista, o Postalis foi direcionado para investimentos considerados de alto risco e baixa rentabilidade, que resultaram em enormes perdas financeiras. Entre as operações criticadas, destaca-se a venda de títulos da dívida pública brasileira e a compra de títulos da Venezuela e da Argentina em 2014, uma decisão que foi amplamente condenada por especialistas financeiros.
Recentemente, a direção dos Correios assinou um contrato de confissão de dívida com o Postalis, comprometendo-se a pagar R$ 7,6 bilhões para tentar amenizar a crise financeira do fundo. No entanto, o impacto das gestões anteriores ainda se reflete na situação atual da estatal, que continua enfrentando dificuldades econômicas.
Além do Postalis, outros fundos de pensão de estatais, como a Petros (Petrobras) e a Funcef (Caixa Econômica Federal), também sofreram cortes em seus benefícios para cobrir prejuízos acumulados durante o mesmo período. A má gestão e as fraudes detectadas nesses fundos resultaram em intervenções e investigações por órgãos reguladores do Brasil e dos Estados Unidos.
A situação financeira dos Correios permanece delicada, com um déficit registrado de R$ 800 milhões apenas no primeiro trimestre de 2024. A contenção de tarifas postais durante as gestões petistas, especialmente no governo Dilma, também contribuiu para agravar a situação econômica da estatal, desencadeando efeitos inflacionários que ainda persistem.
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