Governo propôs uso de imóveis do Minha Casa Minha Vida como hospedagem temporária na COP 30
- Luana Valente
- 9 de jul.
- 2 min de leitura

Para enfrentar o desafio logístico da COP 30, diante da expectativa de receber cerca de 50 mil visitantes, incluindo chefes de Estado e representantes de mais de 190 países, o governo federal propôs utilizar unidades habitacionais do programa Minha Casa Minha Vida como hospedagem temporária. O evento será realizado em Belém (PA) entre os dias 10 e 21 de novembro.
O foco da proposta está no Residencial Viver Pratinha, localizado no bairro de mesmo nome, que conta com 768 apartamentos. As obras do empreendimento, contratadas originalmente em 2013, estavam paralisadas e foram retomadas somente em 2023. A previsão é que 256 unidades estejam prontas até outubro, a tempo de serem utilizadas durante o evento.
Belém enfrenta limitações de infraestrutura hoteleira, com cerca de 24 mil leitos disponíveis na região metropolitana, número insuficiente para atender à demanda da conferência. Além disso, os preços elevados de hotéis e aluguéis têm sido motivo de preocupação, especialmente para delegações de países com menos recursos. Como alternativa, o governo também anunciou uma plataforma oficial de hospedagem, que reúne vagas em hotéis, imóveis particulares e até navios cruzeiros.
Apesar da proposta, ainda não foi definido quem poderá ocupar os apartamentos do Minha Casa Minha Vida durante a COP 30. A medida é considerada emergencial para ampliar a capacidade de hospedagem da capital paraense visando minimizar os efeitos negativos quanto ao cronograma de entrega das moradias para beneficiários do programa.
A escolha de Belém como sede da COP 30 tem como proposta inserir a Amazônia nas discussões climáticas globais. No entanto, o evento tem sido como um verdadeiro desafio diante das dificuldades de ampliar a capacidade de hospedagem e lidar com preços exorbitantes de hotéis e alugueis.
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