Trump volta a defender Bolsonaro e critica Justiça brasileira: “Caça às bruxas”
- Luana Valente

- 9 de jul.
- 2 min de leitura

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a se manifestar publicamente em defesa do ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro (PL), utilizando sua rede social, a Truth Social, para criticar o andamento dos processos judiciais contra o aliado político. Em uma publicação feita na noite de terça-feira (8), Trump escreveu em letras maiúsculas: “Deixem o grande ex-presidente do Brasil em paz. CAÇA ÀS BRUXAS!!!”.
A declaração foi uma repetição de um post anterior, feito na segunda-feira (7), no qual o republicano comparou a situação enfrentada por Bolsonaro no Brasil à sua própria experiência nos Estados Unidos. Trump afirmou que o único julgamento legítimo seria o das urnas, e não dos tribunais, e acusou o sistema judicial brasileiro de perseguir Bolsonaro, sua família e seus apoiadores.
Bolsonaro foi declarado inelegível pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 2023 e atualmente é réu no Supremo Tribunal Federal (STF), acusado de envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. Entre os crimes apontados pela Procuradoria-Geral da República estão organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado.
A reação de Trump ocorre em meio a articulações de aliados de Bolsonaro nos Estados Unidos, que pressionam por sanções contra o ministro Alexandre de Moraes, relator dos processos no STF. O deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente, tem atuado junto a parlamentares republicanos e figuras próximas a Trump para ampliar a ofensiva internacional contra o magistrado.
Em resposta às declarações de Trump, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva divulgou nota oficial reafirmando que “a defesa da democracia no Brasil é um tema que compete aos brasileiros” e que o país “não aceita interferência ou tutela de quem quer que seja”.
A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, também se pronunciou, destacando que o andamento dos processos judiciais cabe exclusivamente às instituições brasileiras.
Apesar da repercussão internacional, ministros do STF indicaram que as manifestações vindas dos Estados Unidos não terão impacto sobre o andamento dos julgamentos. A expectativa é que os processos envolvendo Bolsonaro sejam analisados entre agosto e setembro.






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