Ao fazer um balanço das eleições municipais de 2024, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afirmou que viu com preocupação o resultado, mais favorável a partidos de centro e direita. O auxiliar do presidente Lula ainda fez uma comparação com outros países que também têm assistido a ondas conservadoras.
“Eu acredito que o mundo está muito mais conservador e muito mais distópico que a gente imagina. Hoje, tem espaço para todo tipo de retórica”, destacou o ministro nesta segunda-feira (14/10), em evento promovido pelo banco Itaú, em São Paulo.
E completou: “Preocupei-me com o resultado, mas não só no Brasil. Estou vendo isso acontecer já há 10 anos, começou com primaveras árabes, vários regimes se fecharam”.
PT reconheceu dificuldade
Como mostrado pelo site Metrópoles, apesar de ter crescido em relação à eleição municipal de 2020, o Partido dos Trabalhadores (PT) performou abaixo do esperado no 1º turno de 2024. Para a presidente da sigla, Gleisi Hoffmann, é preciso entender que a sigla passa por um processo de reconstrução.
“Do ponto de vista do PT, não foi ruim. Melhorou em comparação a 2020. É preciso entender que a gente vive um processo de recuperação, reorganização”, explicou Gleisi , ao afirmar que o partido passou por um “calvário”, tendo sido alvo de perseguição.
“A eleição de 2016 foi difícil, a de 2020 foi difícil e, agora, a de 2024 mostra um processo de reconstrução do PT no processo eleitoral local, o que é muito importante”, avaliou.
O PT elegeu mais de 200 prefeitos no primeiro turno deste ano. Em 2020, foram 183 no total — 1º e 2º turnos. Apesar disso, a sigla comanda, atualmente, 265 municípios.
Em 27 de outubro, o PT participará do segundo turno em quatro das 13 capitais que disputou: Porto Alegre (RS), com Maria do Rosário; Natal (RN), com Natália Bonavides; Cuiabá (MT), com Lúdio Cabral; e Fortaleza (CE), com Evandro Leitão.
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