Hospital é atingido por míssil iraniano no sul de Israel e dezenas ficam feridas
- Luana Valente
- há 6 dias
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Beersheba, Israel — Um ataque com míssil lançado pelo Irã atingiu na manhã desta quinta-feira (horário local) o Hospital Soroka, principal centro médico do sul de Israel, localizado na cidade de Beersheba. A ofensiva, parte de uma escalada no conflito entre os dois países, deixou dezenas de feridos e provocou forte reação do governo israelense.
Segundo autoridades locais, o hospital sofreu danos extensos e precisou evacuar pacientes e profissionais de saúde. O Ministério da Saúde de Israel informou que 71 pessoas ficaram feridas apenas nesta unidade, sendo três em estado grave. O Soroka atende cerca de 1 milhão de habitantes da região e possui mais de mil leitos.
O ataque ocorreu por volta das 7h da manhã, logo após o acionamento das sirenes de alerta aéreo. Médicos relataram que a explosão foi ouvida até mesmo em áreas blindadas do hospital. Imagens divulgadas por agências internacionais mostram fumaça saindo do complexo hospitalar e cenas de correria durante a evacuação.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, classificou o ataque como um “crime de guerra” e prometeu que o Irã “pagará o preço total” pelo ocorrido. O ministro da Defesa, Israel Katz, foi ainda mais incisivo ao afirmar que o líder supremo iraniano, aiatolá Ali Khamenei, “não pode mais existir”.
O governo iraniano, por sua vez, declarou que os mísseis tinham como alvo instalações militares próximas ao hospital e que o impacto na unidade de saúde teria sido causado pela “onda de choque” da explosão.
Além do hospital, outras cidades israelenses, como Tel Aviv e Ramat Gan, também foram atingidas. O total de feridos em todo o país ultrapassa 270 pessoas. Em resposta, Israel lançou ataques aéreos contra alvos militares e nucleares no Irã, incluindo o reator de Arak e o complexo de Natanz.
A comunidade internacional acompanha com preocupação a escalada do conflito, que já entra em seu sétimo dia. Organizações humanitárias alertam para o risco de colapso dos serviços de saúde e pedem respeito às convenções internacionais que protegem instalações médicas em zonas de guerra.
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