ALERTA: Moraes manda prender Marcelo Câmara, ex-assessor de Bolsonaro, e abre inquérito contra advogado
- Luana Valente
- há 7 dias
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Brasília — O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta quarta-feira (18), a prisão preventiva do coronel do Exército Marcelo Costa Câmara, ex-assessor especial do ex-presidente Jair Bolsonaro. A decisão teria sido motivada por uma suposta tentativa de interferência na delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, também investigado no inquérito que apura uma suposta trama golpista após as eleições de 2022.
Segundo o despacho de Moraes, Câmara teria utilizado seu advogado, Luiz Eduardo Kuntz, para manter contato com Cid por meio de redes sociais, com o objetivo de obter informações sigilosas sobre os termos da colaboração premiada. O ministro considerou a conduta uma violação das medidas cautelares impostas anteriormente, que proibiam o uso de redes sociais e qualquer comunicação com outros investigados, direta ou indiretamente.
A Polícia Federal já cumpriu o mandado de prisão, e Câmara está sob custódia. Ele havia sido preso anteriormente no âmbito da mesma investigação, mas respondia em liberdade mediante restrições. A nova ordem de prisão foi fundamentada na “continuidade de práticas ilícitas” e no “completo desprezo” pelas determinações da Suprema Corte.
Além da prisão, Moraes determinou a abertura de um inquérito para apurar a conduta de Câmara e de seu advogado, que também deverá prestar depoimento à Polícia Federal. O ministro destacou que a tentativa de acessar dados sigilosos da delação de Cid configura possível obstrução de investigação penal envolvendo organização criminosa.
A defesa de Câmara alega que o contato com Cid foi espontâneo e que as conversas visavam apenas esclarecer pontos relevantes para a estratégia jurídica. No entanto, prints e áudios apresentados ao STF indicam que houve troca de informações sensíveis, o que reforçou a decisão de Moraes pela prisão preventiva.
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